A realeza britânica anunciou, em 9 de abril, a morte do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II. Aos 99 anos, ele morreu na manhã do mesmo dia no Castelo de Windsor, na Inglaterra, uma das propriedades da família. Até o fechamento desta edição, a causa oficial da morte ainda não havia sido divulgada.

O príncipe completaria 100 anos, em junho. Ele estava em Windsor com a família desde 16 de março, após ter ficado cerca de um mês no hospital para cuidar de uma infecção e fazer uma cirurgia no coração para tratar uma doença que já tinha há alguns anos. A rainha e ele tinham decidido morar em Windsor durante a pandemia para ficar isolados.

Philip tinha um papel simbólico na monarquia britânica (ou seja, ele não participava das decisões a respeito do destino do país). Enquanto a esposa dele é a encarregada de representar o Reino Unido — com o primeiro-ministro e o Parlamento britânico —, ele não tinha um cargo oficial na administração. Como sinal de respeito à autoridade de Elizabeth, Philip ficava sempre um passo atrás dela nos eventos oficiais da realeza.

Homenagens no Reino Unido
O sino da Abadia de Westminster, onde o príncipe se casou com Elizabeth, soou uma vez por minuto, durante 99 minutos, a partir das 18h (horário local) do dia da morte dele. Já o Parlamento, que está fechado por causa do feriado de Páscoa e deveria retornar em 12 de abril, reabrirá somente no dia seguinte, em sinal de luto.

#pracegover: a foto mostra o príncipe Philip sentado em um trono com uniforme decorado com medalhas. Foto: Roger Harris/UK Parliament – Fotos Públicas

Habitantes do Reino Unido também prestaram homenagens ao príncipe. Em frente ao Palácio de Buckingham (residência da família real em Londres, capital inglesa), britânicos deixaram flores e bilhetes. Entretanto, para evitar que a covid-19 se espalhe, a orientação é que as pessoas não se aglomerem nem deixem objetos no local.

O legado de Philip
De acordo com o site oficial da família real, até se aposentar (ou seja, deixar de participar dos compromissos da realeza), em 2017, Philip esteve em 22 mil compromissos sem a presença do resto da família, atuou como defensor de cerca de 800 organizações e fez quase 5.500 discursos. O príncipe era conhecido por acreditar que a realeza tinha que se adaptar à época. Ele instalou interfones para que os funcionários do palácio não precisassem mandar mensagens por carta para a rainha, fazia o próprio café da manhã em seu quarto com uma frigideira elétrica (ao contrário dos outros membros da realeza) e, quando descobriu que o palácio tinha duas cozinhas usadas apenas para alimentar a família real, mandou fechar uma delas.

Fontes: BBC, CBS News, Folha de S.Paulo, Forbes, NY Post, site oficial da realeza britânica e The Guardian.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 168 do jornal Joca.

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