Os resultados iniciais apontam a segurança e eficácia do uso do imunizante em crianças e adolescentes
No dia 22 de março, a farmacêutica chinesa Sinovac, que desenvolve a vacina CoronaVac, contra a covid-19, em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo (SP), divulgou resultados iniciais de testes que apontam a segurança e eficácia do uso do imunizante em crianças e adolescentes. De acordo com uma declaração da empresa, o nível de anticorpos gerado nos jovens foi mais alto do que o registrado em pessoas maiores de 18 anos.
A Sinovac fez testes em 500 pessoas com idade entre 3 e 17 anos, na China. Esses estágios da pesquisa são chamados de fases 1 e 2 (no total, existem três fases antes de a vacina ser liberada para uso — saiba mais sobre esse processo na edição 161 do Joca). Testes em estágios mais avançados com a CoronaVac realizados fora da China, como no Brasil, ainda não incluíram essa faixa de idade.
Mais testes com jovens
Outra empresa a anunciar testes de vacina contra a covid-19 em crianças e adolescentes foi a norte-americana Moderna, em 16 de março. A pesquisa será feita no Canadá e nos Estados Unidos, com 6.750 pessoas que tenham entre 6 meses de vida e menos de 12 anos.
Segundo a farmacêutica, os testes serão de fases 2 e 3, quando são verificadas a segurança e a eficácia em centenas e, depois, em milhares de pessoas, respectivamente. “Este estudo pediátrico nos ajudará a avaliar a possível segurança e imunogenicidade [capacidade de levar o corpo a produzir anticorpos] de nossa vacina candidata contra a covid-19 nessa população mais nova importante”, declarou o presidente da Moderna, Stéphane Bancel. Atualmente, a vacina da empresa já é aplicada nos EUA em pessoas com 16 anos ou mais.
Outro país que está levando vacina para quem tem a partir de 16 anos é Israel, onde o imunizante disponível é o desenvolvido pela norte-americana BioNTech e pela alemã Pfizer. Além disso, por lá, cerca de 600 pessoas entre 12 e 16 anos receberam doses por ter algum tipo de doença que as deixa mais vulneráveis aos riscos que o novo coronavírus traz para a saúde. Em declaração à agência de notícias Reuters, representantes da Pfizer disseram que esperam confirmar, nos próximos meses, a segurança dessa vacina para os adolescentes e, até o fim de 2021, para os mais novos, entre 5 e 11 anos.
Outro sinal de que a vacinação está caminhando para chegar aos jovens vem do Reino Unido, onde foram iniciados estudos para verificar como o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica sueca AstraZeneca age na faixa entre os 6 e 17 anos.
Fontes: Agência Brasil, BBC, CNN Brasil, Folha de S.Paulo, Instituto Butantan, G1, O Globo, Reuters e UOL.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 167 do jornal Joca.
[…] Primeiros testes indicam que a CoronaVac é segura para os jovens […]
Amei a noticia
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