Após a prisão do empresário Joesley Batista, dono da JBS, e do ex-diretor de Relações Institucionais Ricardo Saud, no último domingo, 10 de setembro, a Polícia Federal realiza buscas na casa dos executivos e do ex-procurador da República Marcelo Miller. Os agentes da Polícia Federal cumprem cinco mandados de busca e apreensão da Operação Bocca
Após a prisão do empresário Joesley Batista, dono da JBS, e do ex-diretor de Relações Institucionais Ricardo Saud, no último domingo, 10 de setembro, a Polícia Federal realiza buscas na casa dos executivos e do ex-procurador da República Marcelo Miller.
Os agentes da Polícia Federal cumprem cinco mandados de busca e apreensão da Operação Bocca em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A Operação Bocca apura a delação dos executivos da J&F e ganhou este nome em referência à escultura romana Bocca dela veritá (Boca da verdade) que, segundo a lenda italiana, mordia a mão de quem mentia.
Joesley e Miller se entregaram à Polícia Federal após o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin aceitar o pedido do procurador-geral da República Rodrigo Janot. Os dois passaram a noite na Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, e foram transferidos para Brasília na manhã desta segunda-feira, 11.
O pedido de Janot ocorreu após a divulgação de um novo áudio em que Joesley e Saud dão a entender que omitiram informações importantes no acordo de colaboração premiada com o Ministério Público.
A suspeita é que Marcelo Miller tenha ajudado a JBS nos acordos de delação enquanto ainda ocupava o cargo de procurador da República.
Em nota, Joesley e Saud afirmam que “não mentiram nem omitiram informações no processo de colaboração premiada”, e Miller disse que “repudia o conteúdo fantasioso e ofensivo das menções a seu nome” nas gravações.
Joesley e Saud ficarão presos de forma temporária por cinco dias. O prazo pode ser prorrogado.
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