Qual é a impressão que meninas de diferentes partes do mundo têm sobre princesas? Como as personagens da Disney influenciam nessa percepção? Essas perguntas serviram de base para uma pesquisa realizada pela Universidade de Karlstad, na Suécia, divulgada em março. No estudo, pesquisadores entrevistaram meninas entre 8 e 15 anos da Índia, das Ilhas Fiji e da Suécia e concluíram
Qual é a impressão que meninas de diferentes partes do mundo têm sobre princesas? Como as personagens da Disney influenciam nessa percepção? Essas perguntas serviram de base para uma pesquisa realizada pela Universidade de Karlstad, na Suécia, divulgada em março.
No estudo, pesquisadores entrevistaram meninas entre 8 e 15 anos da Índia, das Ilhas Fiji e da Suécia e concluíram que, apesar de viver em culturas diferentes, ao imaginar uma princesa, a maioria delas visualiza mulheres brancas, jovens e ocidentais. “Os resultados indicam que as princesas da Disney, com sua presença na mídia, nas fantasias e nos materiais escolares, criaram um único padrão de beleza em vários países”, afirma a pesquisa.
Para realizar o trabalho, os pesquisadores pediram que as garotas desenhassem princesas do jeito como achassem melhor. Depois, fizeram entrevistas individuais e coletivas com as participantes, para saber o que elas pensavam sobre o universo da realeza. Confira os resultados abaixo.
Porcentagens de princesas brancas desenhadas pelos participantes
Ilhas Fiji = 100%
Índia = 77%
Suécia = 90%
Beleza, luxo e juventude
Para definir o que é uma princesa, a maioria das participantes dos três países citou características relacionadas a beleza e luxo. Além disso, elas descreviam princesas como mulheres jovens, de até 21 anos.
Roupas e acessórios
Nenhuma participante das Ilhas Fiji ou da Índia desenhou princesas que usavam roupas ou acessórios tradicionais de seu país.
Popularidade
Na Índia e nas Ilhas Fiji, princesas brancas, como Branca de Neve e Cinderela, eram mais conhecidas do que princesas não brancas, como Jasmine e Mulan.
Princesas ao longo dos anos
Para aumentar a diversidade de seus personagens, a Disney vem investindo na criação de princesas não brancas, como Jasmine (de Aladdin), Mulan e Tiana (de A Princesa e o Sapo), desde a década de 1990.
Na opinião de Sylvia de Souza, especialista em orientação educacional e pedagógica, esse aumento no número de personagens diversificados pode contribuir para a percepção que os jovens têm do mundo e de si mesmos. “As princesas fazem parte da nossa diversão. Sendo assim, é fundamental que tenhamos princesas de diferentes raças e culturas para as crianças conhecerem e se inspirarem”, diz. “Assim, desde pequenas, as pessoas aprendem a respeitar os outros e valorizar as diferenças.”
Branca de Neve – 1937
Cinderela – 1950
Aurora – 1959
Ariel – 1989
Bela – 1991
Jasmine – 1992
Pocahontas – 1995
Mulan* – 1998
Tiana – 2009
Rapunzel – 2010
Merida – 2012
Elsa e Anna – 2013
Moana – 2016
*MULAN FOI CLASSIFICADA COMO “PRINCESA” PELA PESQUISA, EMBORA NÃO FAÇA PARTE DA REALEZA EM SUA HISTÓRIA
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 133 do jornal Joca.
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