Enchente no Acre em fevereiro de 2021. Foto: CBAC/ Fotos Públicas

As chuvas fortes que ocorreram no mês de fevereiro causaram enchentes, deslizamentos e quedas de energia e tiraram centenas de pessoas de casa ao redor do país. O Acre decretou situação de emergência em 16 de fevereiro, porque, além das enchentes, enfrenta surtos de dengue e covid-19 e uma crise migratória na fronteira com o Peru. Um estado decreta situação de emergência quando passa por um acontecimento anormal, como um desastre. Então, o poder público local pode pedir ajuda financeira ou reforço policial.

No Espírito Santo, as chuvas fortes começaram em 17 de fevereiro. Por lá, 769 pessoas ficaram desalojadas por causa de enchentes e 59 estavam desabrigadas em 22 de fevereiro, de acordo com a Defesa Civil do estado. Entretanto, no dia seguinte, o órgão divulgou que o número de desalojados ou desabrigados tinha diminuído para 410.

Entenda a situação no Acre

Enchentes
Assim como outros estados do Norte, o Acre está passando pelo “Inverno Amazônico”, período que geralmente ocorre de dezembro a maio, com muita chuva e clima menos quente. Essas chuvas estão causando as enchentes de 2021, uma das situações mais graves da história do Acre. Até o fechamento desta edição, ao menos dez cidades tinham sofrido impactos: Cruzeiro do Sul, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Porto Walter, Rio Branco, Rodrigues Alves, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Tarauacá.

Covid-19

Há um aumento no número de casos da doença. Em 22 de fevereiro, o governo voltou a decretar para todas as cidades Nível de Emergência (ou Bandeira Vermelha), em que apenas alguns serviços essenciais podem funcionar, como hospitais, supermercados e bancos. Em 25 de fevereiro, os leitos de hospitais de referência da rede pública estavam com ocupação de 80,5%, enquanto nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) esse número era de 97,2%.

Dengue
Além da superlotação dos hospitais causada pela pandemia, o estado enfrenta um surto de dengue. Dados da Agência de Notícias do governo do Acre, divulgados em 16 de fevereiro, diziam que oito em cada dez atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital, Rio Branco, são relacionados à doença.

Crise na fronteira
Por causa do fechamento das fronteiras, decretado para conter a pandemia do novo coronavírus, mais de 400 imigrantes estão acampados na fronteira do Brasil com o Peru desde 13 de fevereiro. Os imigrantes pedem que a fronteira seja aberta para que possam atravessá-la e voltar para seu país de origem. 

Como ajudar o Acre?

Clique aqui para conferir iniciativas para levar auxílio à população do estado.

O que eu penso sobre…

“Em anos anteriores minha cidade foi afetada por chuvas. Pelo menos uma vez por ano aconteciam problemas com enchentes. Quando era pequeno morei em uma casa que foi inundada, a água entrou na nossa casa e danificou móveis e objetos. Mas há uns três anos a prefeitura começou a fazer um trabalho no rio com drenagens e modificações das pontes principais e não tem acontecido mais inundações como antes. Sei de cidades do meu estado que neste ano e no ano passado sofreram danos por conta das chuvas, como: Cachoeiro, Iconha e Cariacica.” Arthur R., do 7° ano da Escola Coopereducar, em Venda Nova do Imigrante (ES)

Arthur R., do 7° ano da Escola Coopereducar, em Venda Nova do Imigrante (ES)

“Aqui em casa nós sempre tomamos o cuidado de não deixar água parada para evitar a dengue. Porém, com a quantidade de chuvas que está tendo, é difícil controlar. Além disso, como estamos em Bandeira Vermelha, somente os serviços essenciais estão funcionando. Mas como não estão fiscalizando os comércios, as pessoas continuam se aglomerando e os casos, aumentando.” Lara Eliza C., 15 anos, de Rio Branco, Acre

Mais chuvas pelo Brasil

Minas Gerais: desde 18 de fevereiro, o estado é atingido por chuvas fortes. Na cidade de Santa Maria de Itabira, seis pessoas morreram por causa de um deslizamento de terra. No município de Carangola, um dos mais atingidos, há cerca de 1.100 desalojados, de acordo o governo do estado em 23 de fevereiro.

Rio de Janeiro: por causa das chuvas, o rio Carangola, que fica entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais, transbordou em 20 de fevereiro. A enchente deixou mais de 3 mil desalojados e 126 desabrigados em Porciúncula (RJ). 

Glossário

Desalojado: pessoa que precisa sair de casa por questões de segurança, como quando há risco de desmoronamento.

Desabrigado: alguém que teve a casa destruída e precisa de abrigo.

*Esta matéria é uma versão estendida da reportagem publicada na edição 165 do Joca.

Fontes: Agência Brasil, Agência Brasil, Agência de Notícias do governo do Acre, Agência de Notícias do governo do Acre, Agência de Notícias do governo do Acre, Agência de Notícias do governo do Acre, Agência de Notícias do governo de Minas Gerais, CNN Brasil, O Estado de S. Paulo, Folha Vitória, Folha Vitória, Gazeta do Povo, G1, G1 e Portal Amazônia.

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Comentários (3)

  • Larissa Alves

    2 anos atrás

    Muito triste e doloroso saber disso :(

  • Pedro Tomazella

    3 anos atrás

    Isso é muito triste. Eles podem se afogar! Perder as moradias! Os móveis! E a própria vida!

  • malaco

    3 anos atrás

    nao costei

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