Autoridades da China anunciaram que os pandas-gigantes não estão mais na lista de animais em perigo de extinção. Agora, eles foram inseridos na categoria “vulnerável”, um patamar menos grave de risco para a espécie.

Em entrevista realizada com jornalistas no dia 7 de julho, o chefe do departamento de natureza e conservação ecológica da China, Cui Shuhong, disse que a melhora na situação da espécie se deve ao esforço que o país tem feito nos últimos anos para replantar as florestas de bambu, habitat natural dos pandas. Em consequência do crescimento das cidades, esse ecossistema foi sendo destruído ao longo das décadas, o que prejudicou a sobrevivência desses animais, que dependem do bambu para se alimentar.
Além disso, Shuhong afirmou que, nos últimos anos, houve “visível aumento” no número de animais de outras espécies que também correm o risco de sumir, como tigres-siberianos, elefantes-asiáticos e leopardos-de-amur.

Outra classificação
Em 2016, a União Internacional Para a Conservação da Natureza tirou o panda da lista de animais ameaçados de extinção e passou a classificá-lo como “vulnerável”. Na época, muitos especialistas chineses afirmaram que essa reclassificação não era correta e que a situação da espécie ainda era extremamente grave. Neste ano, os chineses concluíram que já é possível fazer a mudança de categoria.

Categorias de risco
Para determinar o risco que as espécies correm de não ter mais representantes vivos no planeta, especialistas as inserem em categorias com graus diferentes de gravidade. Os critérios para entrar em uma
ou outra classificação variam de acordo com fatores como tamanho e distribuição da população.

Menos preocupante (em inglês, least concern – LC)

Quase ameaçada (em inglês, near threatened – NT)

Vulnerável (em inglês, vulnerable – VU)

Em perigo (em inglês, endangered – EN)

Criticamente em perigo (em inglês, critically engangered – CR)

Extinta na natureza (em inglês, extinct in the wild – EW)

Extinta (em inglês, extinct – EX)

Fontes: BBC, G1 e The Guardian

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 173 do jornal Joca.

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