Atividades ao ar livre podem ajudar a melhorar a saúde, aponta estudo. Foto: Noel Hendrickson/Getty Images

De acordo com uma pesquisa publicada pelo World Journal of Biological Psychiatry em 7 de julho, passar mais tempo na natureza pode melhorar a saúde física (ajudando na memória, por exemplo) e mental.

Na Escola Internacional Eugenio Montale, na cidade de São Paulo, a professora Fabiana Mirella Garbos estima que os alunos passem quase metade do tempo que estão na escola em ambientes externos, como o jardim e o pátio. “Com a pandemia, as crianças ficaram muitas vezes sem contato com a natureza e, quando voltaram para a escola, estavam ansiosas para rever as plantas, as sementes e a natureza”, explica.

Por isso, o colégio está fazendo cada vez mais atividades fora da sala de aula. A aluna Aurora G., 6 anos, prefere ter momentos assim. “Sinto que eu fico calma e daí também dá para relaxar”, afirma. E o estudante Lucca Z., 5 anos, concorda: “Eu gosto mais de brincar no jardim [do que na sala de aula]. Gosto que a natureza é toda colorida”. Já para o Giovanni dos S., 4 anos, ter atividades ao ar livre faz com que ele tenha vontade de ter mais contato com a natureza. “Eu queria plantar milho, rabanete, batata-doce, todo tipo de coisa”, diz.

No Colégio Franciscano Pio XII, também na capital paulista, os alunos fazem excursões em trilhas ecológicas e atividades ao ar livre diversas vezes ao ano. De acordo com a coordenadora da Pastoral da escola, Maria Aparecida Scognamiglio, um dos objetivos é complementar o que é aprendido nas aulas. “Cada atividade [na natureza] proporciona bem-estar e estimula a curiosidade. As crianças se sentem mais livres para liberar a imaginação”, diz. 

Para os estudantes Luiza M., 11 anos, e Bernardo C., 10 anos, as atividades ajudam a conhecer melhor a natureza. “A gente aprende mais sobre ela porque ela está ao nosso redor”, afirma Luiza. E Bernardo completa: “A gente percebe a importância de atitudes como tomar banhos mais curtos para economizar água”.

Mas o contato com a natureza não precisa ser apenas por intermédio das escolas. O programa Ser Criança É Natural, por exemplo, busca aproximar os pequenos do verde com encontros para brincar em parques. Essas reuniões são realizadas na capital e no interior de São Paulo e no Rio de Janeiro, mas o projeto também oferece atividades remotas – como formações relacionadas ao tema para professores e as “caixas da natureza”, em que crianças e jovens podem trocar elementos da natureza e, assim, compartilhar suas experiências com o verde.

A ideia é que as ações para as crianças sejam feitas com as famílias, já que o programa acredita que o convívio com os familiares torna a experiência mais completa. “É importante que as crianças tenham contato com a natureza porque nós somos natureza. Natureza é tudo, são todas as relações vivas que acontecem ao mesmo tempo”, explica Ana Carol Thomé, idealizadora e coordenadora do projeto.

*Versão estendida da matéria publicada na edição 175 do Joca.

Fontes: World Journal of Biological Psychiatry, Ser Criança É Natural e Veja São Paulo.

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Comentários (3)

  • William B. Ellison

    2 anos atrás

    Legal saber sobre todo isso que pode ajudar agente

  • Aluno Carmo Mangia 13

    2 anos atrás

    meu nome e nina tenho 9 anos e li essa entrevista. e meu colego planta arvores e ja plantamos 27 mudas

  • Aluno Carmo Mangia 13

    2 anos atrás

    no meu colegio todo ano tem passeio. esse ano fomos para o parque marapendi la vimos jacare de papo amerelo, cobra da agua, garça branca pequena , a garça branca grande e por fim a garça moura ,a garça moura e uma garça branca malhada de cinza e e bem grande . vimos a arvore do bicho preguiça: a figueira. etc

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