A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 5 de maio, o fim da emergência de saúde pública de importância internacional (nível mais alto de alerta do órgão) envolvendo o novo coronavírus. O anúncio veio pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, que declarou fazer isso com “grande esperança”. 

“Ontem, o Comitê de Emergência se reuniu (…) e recomendou que eu declarasse o fim da emergência de saúde pública de importância internacional. Aceitei esse conselho”, disse Tedros. “Por mais de um ano, a pandemia está em tendência de queda, com aumento da imunidade da população por vacinação e infecção, redução da mortalidade e diminuição da pressão sobre os sistemas de saúde. Essa tendência permitiu que a maioria dos países voltasse à vida como a conhecíamos antes da covid-19”, completou. 

#pracegover: imagem de microscópio do novo coronavírus em tons azulados, mostrando o vírus que possui um tipo de coroa ao seu redor. Crédito de imagem: Getty Images

E a pandemia? 
A OMS, no entanto, não declarou o fim da pandemia, termo que passou a usar, em 11 de março de 2020, para se referir à covid-19. Pandemia é a palavra adotada para caracterizar a disseminação mundial de uma nova doença quando há transmissão em vários continentes, afetando muitas pessoas. 

“[O fim da emergência] não significa que a covid-19 acabou como uma ameaça à saúde global. Na semana passada, a doença ceifou [tirou] uma vida a cada três minutos — e essas são apenas as mortes de que sabemos”, explicou Tedros. 

Michael Ryan, diretor executivo do programa de emergências da OMS, também comentou a questão, em entrevista à agência de notícias Reuters. “A batalha não acabou. Ainda temos fraquezas, e as fraquezas que temos em nosso sistema serão expostas por esse vírus ou outro — e isso precisa ser consertado”, disse. 

Histórico 
A emergência de saúde pública de importância internacional pela covid-19 foi decretada pela OMS em 30 de janeiro de 2020. Desde então, foram registrados mais de 700 milhões de casos, incluindo quase 7 milhões de mortes. Para evitar a proliferação do vírus, foi necessário que as pessoas praticassem isolamento social e cientistas do mundo inteiro trabalhassem no desenvolvimento de vacinas, que começaram a ser aplicadas em dezembro de 2021. 

Fontes: Instituto Butantan, CNN, Fiocruz, Folha de S.Paulo, G1, O Globo, OMS, Reuters e UOL. 

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 205 do jornal Joca.

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