Origem
O modernismo é um conjunto de expressões artísticas surgidas na Europa, entre o fim do século 19 e meados do século 20. A arte moderna reúne arquitetura, escultura, literatura, teatro, design, música e pintura. Ela se expressou por meio das chamadas vanguardas europeias, como futurismo, cubismo e surrealismo.

O objetivo do movimento era se contrapor à arte existente, criticando formas mais clássicas e tradicionais. Os artistas modernos buscavam refletir nas obras a inovação e o progresso, aproximando a arte do mundo industrial e urbano, do desenvolvimento científico e tecnológico. “Uma das coisas que fomentaram [estimularam] o modernismo foi a criação e popularização das máquinas fotográficas”, explica Leandro Thomaz, coautor do livro Colorindo a Semana de 22, ao lado de Mayra Correia. “Com isso, os artistas perderam um pouco o trabalho de retratistas. Em compensação, foi uma grande libertação para eles, que passaram a poder representar mais os sentimentos, com formas e cores livres.”

Algumas das vanguardas europeias

Cubismo: retratava paisagens, objetos e pessoas com formas geométricas, como se a realidade tivesse sido despedaçada. Estava muito relacionado com o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e suas consequências, como destruição e pobreza. Em seguida, ainda veio a pandemia da gripe espanhola (1918-1920).

Futurismo: buscava se aproximar do progresso e da velocidade trazidos pela ciência, indústria e vida urbana.

Surrealismo: tinha como principal matéria-prima os sonhos dos artistas.

Obras modernistas
Confira alguns exemplos do movimento:

Trois Masques Musicien (1921) – Pablo Picasso
“Ele decidiu transformar pessoas, objetos e tudo o que queria desenhar em personagens que parecem ter se quebrado, como espelhos, e
que ele tentou montar novamente sem o manual de instruções”, diz
a arte-educadora Priscila Macedo sobre o pintor cubista. “[No quadro] tente achar dois músicos tocando dois instrumentos distintos”, desafia. Clique aqui para ver a obra.

A Persistência da Memória (1931) – Salvador Dalí
O relógio, um objeto cotidiano, aparece derretendo. Isso mostra como o tempo pode ser diferente para cada um. “Você já teve um sonho maluco e sentiu vontade de desenhá-lo, mas acabou se esquecendo? Salvador Dalí chegou a colocar um cavalete ao lado da cama para que, assim que acordasse, pintasse um sonho na tela”, conta Priscila sobre o artista
surrealista. Clique aqui para ver a obra.

O Homem Amarelo (1915) – Anita Malfatti
“O quadro tem as características principais do expressionismo, como cores fortes, contrastantes e não necessariamente reais”, explica Leandro Thomaz. Exposto em 1917, foi criticado pelo escritor Monteiro Lobato. Abalada, Anita ficou anos sem pintar. A obra voltou a ser exibida na Semana de Arte Moderna. “Durante a Semana de 22, os modernistas buscaram exatamente a polêmica, porque entendiam que a ruptura com a arte clássica não poderia se dar de forma gradual”, diz Leandro.

o homem amarelo 182
#pracegover: obra “O homem amarelo”, pintura de Anita Malfatti que representa um homem de terno e gravata em cores quentes, como o vermelho, laranja e amarelo.

Alguns nomes

No mundo: Wassily Kandinsky (1866-1944), artista plástico russo • Salvador Dalí (1904-1989), pintor espanhol • Le Corbusier (1887-1965), arquiteto franco-suíço.

No Brasil: Tarsila do Amaral (1886-1973), pintora paulista • Mário de Andrade (1893-1945), escritor paulista • Oswald de Andrade (1890-1954), escritor paulista.

Fontes: Arteref, Encyclopedia Britannica e Tate – Museu Nacional de Arte Moderna do Reino Unido.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 182 do jornal Joca.

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