Por Joanna Cataldo

Talvez você já tenha passado por isso: ter que dizer algo difícil para alguém ou escutar o problema de outra pessoa. A comunicação não violenta pode ajudar nesse processo. A prática traz uma série de técnicas que estimulam as pessoas a conversar e ouvir com mais respeito aos outros e a si mesmas.

No livro Comunicação Não-Violenta – Técnicas Para Aprimorar Relacionamentos Pessoais e Profissionais, o psicólogo Marshall B. Rosenberg afirma que a prática pode ser usada nos mais variados ambientes e com pessoas distintas, como na escola, entre amigos e com a família.

Na prática

Leonardo A., 13 anos, e sua família usam um jogo de cartas que estimula a comunicação não violenta. Eles costumam jogar quando surge um conflito, como uma briga entre irmãos. Em uma das formas de “brincar”, os envolvidos no problema narram o que aconteceu, expondo sua versão dos fatos sem julgar o outro. Em seguida, selecionam cartas que representam uma necessidade ou sentimento relacionado à situação.

No caso de uma briga, um participante pode escolher como necessidade “ser mais ouvido” e como sentimento, raiva ou tristeza. “Eu me sinto muito mais esclarecido depois de jogar, porque consigo me imaginar no lugar do outro”, diz Leonardo. “Acho que desenvolvi mais capacidade para escutar.”

Já na escola de Luísa V., 9 anos, os alunos participaram de um projeto com atividades para estimular habilidades diversas, como a escuta com empatia — capacidade de levar em consideração o que o outro está dizendo. “Se uma menina estiver com dor de cabeça, você não precisa dizer: ‘Eu sempre tenho dor de cabeça também’. Aquele que tem empatia diria: ‘Está doendo? Quer alguma coisa?’. Ele ajudaria, não falaria só sobre ele mesmo”, diz Luísa.

No site do Joca, veja dicas de como usar a comunicação não violenta no dia a dia: jornaljoca.com.br.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 140 do jornal Joca.

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