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Carlotas – Joca 81 Os jogos olímpicos, da forma como conhecemos hoje, começaram em 1896 com o intuito de estimular o interesse dos jovens aos esportes e, sobretudo, promover a paz entre as nações. Isso porque, neste período de transição do século XIX para o XX, o mundo vivia uma fase de rivalidade entre algumas
Carlotas – Joca 81
Os jogos olímpicos, da forma como conhecemos hoje, começaram em 1896 com o intuito de estimular o interesse dos jovens aos esportes e, sobretudo, promover a paz entre as nações. Isso porque, neste período de transição do século XIX para o XX, o mundo vivia uma fase de rivalidade entre algumas nações.
Muitos anos se passaram e essa é a primeira vez em que o Brasil sedia as Olimpíadas. Para nós, brasileiros, ela tem um significado especial e, certamente, aprendemos muito com o evento. Essas Olimpíadas trazem alguns aprendizados:
Superação – Ser atleta é superar seus limites sempre. Mas o que assistimos é uma superação que vai além do físico. São histórias de atletas que não recebem investimento, treinam com seus próprios recursos e chegam a resultados excelentes. Para nosso orgulho, nessas Olimpíadas, tivemos a Rafaela Silva, medalha de ouro no judô. Sua história chama atenção não só por ela ser negra e moradora de uma favela no Rio de Janeiro, mas sobretudo porque sofreu diversos ataques racistas em 2012, quando foi desclassificada das Olimpíadas de Londres. Mesmo depois de sofrer de depressão, conseguiu reagir e voltar a lutar, conquistando alguns títulos, entre eles a medalha olímpica.
Vulnerabilidade – Reconhecer as emoções, aceitá-las e nos apresentarmos como somos, vulnerabilidade é não ter medo de se expôr. Por mais lágrimas que vejamos nos pódios (ou fora deles), há sempre a preocupação em relação à platéia. A medalha de ouro nesse quesito é da atleta chinesa Fu Yuanhui, que ficou em 3o lugar nos 100 m costas. Ela deu um show de espontaneidade e mostrou que as emoções fazem parte de nós. Ganhou o título de atleta mais adorável e engraçada das Olimpiadas.
Diversidade – Estamos acostumados a olhar cada nação representada por atletas muito parecidos entre si, que carregam as marcas e características do seu país. Mas o mundo mudou, ficou pequeno e nos misturamos. Um exemplo marcante disso foi o time de ginástica dos Estados Unidos, um esporte que historicamente é representado por uma maioria branca, este ano era composto por duas atletas negras, uma latina e uma judia.
Respeito – Com a diversidade, temos que aprender a olhar o outro com respeito e acolher as diferenças. Afinal, o diferente não é errado, é uma outra possibilidade. Uma das cenas mais fortes desses jogos foi a partida de vôlei de praia entre Egito e Alemanha, uma com o corpo todo coberto e a outra vestindo um biquini.
Empatia – Pela primeira vez na sua história, a Olimpíada terá um time de atletas formado por refugiados de diferentes países: são dez atletas, sendo cinco competidores do Sudão do Sul, dois da Síria, dois da República Democrática do Congo e um da Etiópia. O verdadeiro espírito olímpico é representado por esse grupo que, sem uma bandeira, um país ou um hino, veio participar desse momento de confraternização e paz entre as nações. Assim, através do esporte, podemos olhar para acontecimentos políticos e sociais de maneira mais empática e humana.
E você? O que aprendeu com essas Olimpíadas? Conte para a gente pelo email carlotas@carlotas.com.br.
Carlotas é uma iniciativa que promove o diálogo sobre respeito e empatia para ajudar as pessoas a viverem melhor. Saiba em www.carlotas.org
Encarte – Educadores
O que aprendemos com as Olimpíadas?
Receber as Olimpíadas em nosso país é, sem dúvida, um marco que não passará em branco, independente se concordamos ou não. O evento por si só traz uma grande reflexão sobre o papel do esporte ao longo dos anos e, principalmente, o propósito olímpico: a paz entre as nações.
Sem dúvida a Rio 2016 trouxe diversos aprendizados para o país. No entanto, parte dos aprendizados vêm de uma mudança de postura dos atletas e da comunidade mas existem reflexões que merecem destaque.
Superação – Ser atleta é superar seus limites sempre. Mas o que assistimos é uma superação que vai além do físico. São histórias de atletas que não recebem investimento, treinam com seus próprios recursos e chegam a resultados excelentes. Para nosso orgulho, nessas Olimpíadas, tivemos a Rafaela Silva, medalha de ouro no judô. Sua história chama atenção não só por ela ser negra e moradora de uma favela no Rio de Janeiro, mas sobretudo porque sofreu diversos ataques racistas em 2012, quando foi desclassificada das Olimpíadas de Londres. Mesmo depois de sofrer de depressão, conseguiu reagir e voltar a lutar, conquistando alguns títulos, entre eles a medalha olímpica.
Vulnerabilidade – Reconhecer as emoções, aceitá-las e nos apresentarmos como somos, vulnerabilidade é não ter medo de se expôr. Por mais lágrimas que vejamos nos pódios (ou fora deles), há sempre a preocupação em relação à platéia. A medalha de ouro nesse quesito é da atleta chinesa Fu Yuanhui, que ficou em 3o lugar nos 100 m costas. Ela deu um show de espontaneidade e mostrou que as emoções fazem parte de nós. Ganhou o título de atleta mais adorável e engraçada das Olimpiadas.
Diversidade – Estamos acostumados a olhar cada nação representada por atletas muito parecidos entre si, que carregam as marcas e características do seu país. Mas o mundo mudou, ficou pequeno e nos misturamos. Um exemplo marcante disso foi o time de ginástica dos Estados Unidos, um esporte que historicamente é representado por uma maioria branca, este ano era composto por duas atletas negras, uma latina e uma judia.
Respeito – Com a diversidade, temos que aprender a olhar o outro com respeito e acolher as diferenças. Afinal, o diferente não é errado, é uma outra possibilidade. Uma das cenas mais fortes desses jogos foi a partida de vôlei de praia entre Egito e Alemanha, uma com o corpo todo coberto e a outra vestindo um biquini.
Empatia – Pela primeira vez na sua história, a Olimpíada terá um time de atletas formado por refugiados de diferentes países: são dez atletas, sendo cinco competidores do Sudão do Sul, dois da Síria, dois da República Democrática do Congo e um da Etiópia. O verdadeiro espírito olímpico é representado por esse grupo que, sem uma bandeira, um país ou um hino, veio participar desse momento de confraternização e paz entre as nações. Assim, através do esporte, podemos olhar para acontecimentos políticos e sociais de maneira mais empática e humana.
A partir dessas reflexões, buscar as histórias de cada um desses atletas para que os alunos possam conhecê-las com detalhes e, assim, fazerem uma melhor avaliação dos aprendizados.
Como desdobramento, pode ser trabalhado outros atletas ou situações que estejam dentro desses pilares: Superação, Vulnerabilidade, Diversidade, Respeito e Empatia. O convite é que, em conjunto com os alunos, seja construída a história das Olimpíadas a partir dos momentos e contextos históricos de cada edição, comparando com os aprendizados do Rio 2016.
Adoraríamos saber como foram as reflexões da sua turma. Compartilhe conosco como foi essa conversa pelo email carlotas@carlotas.com.br.
Carlotas é uma iniciativa que promove o diálogo sobre respeito e empatia para ajudar a melhorar as relações entre as pessoas. Acreditamos que o educador é um dos pilares fundamentais dessa transformação e, para isso, temos um trabalho focado nele. Saiba mais em www.carlotas.org
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O que aprendemos com as Olimpíadas?
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