Até o momento, oito estados brasileiros e o DF decretaram estado de emergência
O Ministério da Saúde anunciou, em 5 de março, que o Brasil havia contabilizado até então 1.253.919 (1,25 milhão) de casos prováveis de dengue nos primeiros meses de 2024. Desse número, foram confirmados 9.996 casos graves da doença e 299 óbitos — 765 ainda estão sendo investigados. Em 2023, o número total de casos prováveis foi de 1,6 milhão e, no ano anterior, 1,3 milhão.
“É o momento de prevenir e cuidar. Dengue é uma doença que conhecemos, a hidratação é a principal abordagem a ser feita. Então é fundamental que haja o diagnóstico e tratamento adequado”,
disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, em transmissão ao vivo do governo.
Até a publicação desta matéria, oito estados, além do Distrito Federal, haviam decretado estado de emergência pelo avanço da doença: Acre, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina, além de alguns municípios em outros estados, como na Bahia e no Rio Grande do Norte. No total, há 201 decretos municipais de emergência. Com o estado de emergência, o governo pode utilizar recursos financeiros complementares para conter danos e ajudar as vítimas.
O governo divulgou ainda que, entre o início da campanha de vacinação contra a dengue e o dia 2 de março, foram aplicadas apenas 14,75% dos imunizantes Qdenga distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Como todo imunobiológico, a vacina da dengue também tem prazo de validade. Os imunizantes estão válidos até o dia 30 de abril (…) Tratativas estão sendo feitas para uma possível ampliação no público-alvo, a fim de garantir que todas as doses sejam efetivamente aplicadas na população”, destacou o governo do Distrito Federal em nota.
Sistema Único de Saúde (SUS): sistema público (ou seja, de acesso gratuito à população) de saúde do Brasil, criado, em 1988, pela Constituição Federal (conjunto de leis que rege um país).
É a primeira vacina contra a dengue que pode ser aplicada em pessoas que nunca tiveram a doença. Até então, o imunizante disponível (Dengvaxia) era indicado apenas para quem já havia contraído o vírus, visando evitar formas graves da doença causadas por reinfecção.
De acordo com os cientistas que desenvolveram a Qdenga, ela preveniu a dengue em 80% das pessoas que a receberam durante o período de teste. Além disso, reduziu os casos de hospitalização entre os vacinados em 90%.
O imunizante teve o uso no Brasil aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em março de 2023. Em janeiro de 2024, o governo recebeu uma primeira remessa, de 750 mil doses, doada pelo laboratório japonês Takeda, que produz a Qdenga. O Brasil também comprou 5,2 milhões de doses, que devem chegar à população ao longo de 2024, e ainda espera receber mais de 500 mil em novas doações. Por ser uma vacina aplicada em duas doses, com intervalo de três meses entre elas, o governo estima que 3,2 milhões de brasileiros sejam imunizados neste ano.
Fontes: Ministério da Saúde e Agência Brasil.
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