Curiosidades sobre as roupas usadas pelos astronautas
Como você provavelmente já sabe, os astronautas devem primeiro se preparar em Terra para, então, se aventurar no espaço. Nesse processo, assim como equipamentos para exploração, materiais de trabalho e estudos, refeições, itens de higiene e limpeza são meticulosamente preparados, os trajes espaciais também são muito bem pensados.
A finalidade principal dessas roupas é a segurança do astronauta, já que o corpo humano não suportaria ficar diretamente exposto ao ambiente espacial. Dentre outras funções, elas devem regular a temperatura do corpo do astronauta, controlar a pressão arterial, proteger a pele dos raios não filtrados vindos do Sol, absorver atritos, adaptar o corpo à falta de gravidade, além de possibilitar movimentos precisos e ágeis.
Desde os primeiros modelitos, os trajes espaciais servem como verdadeiras espaçonaves pessoais. É como se o astronauta estivesse dentro de um balão de gás flexível, contendo um terço da pressão atmosférica (tipo de força ou pressão que o ar exerce sobre a superfície terrestre), capaz de mantê-lo vivo no vácuo do espaço.
Além do macacão megatecnológico – que tem até o próprio sistema de resfriamento e baterias superpotentes e duradouras –, os trajes incluem capacete com visão periférica (para o astronauta perceber o que está ao redor dele) e que protege os olhos da luz solar, botas e luvas apropriadas para uso no interior e no exterior da espaçonave, mochilas e muitos outros acessórios imprescindíveis tanto para o suporte à vida como para possibilitar os trabalhos de pesquisa e caminhadas espaciais.
O traje espacial completo pesa, em média, 130 kg. No entanto, quando está fora da espaçonave, fica mais leve por haver menos gravidade. O preço é de cerca de 2 milhões de dólares (cerca de 11 milhões de reais).
Cada ocasião, um traje
Até hoje, as roupas usadas pelos astronautas foram especialmente confeccionadas para atender aos objetivos de cada missão. Não se tem ainda um traje padrão, capaz de ser usado em toda e qualquer aventura espacial. No entanto, todos são divididos em módulos (capacete, tronco, braços, pernas, luvas e botas) conectados entre si.
São 14 camadas de tecidos supervariados, como neoprene, nylon, elastano, borracha e alumínio. A camada externa é branca para evitar o superaquecimento, as camadas intermediárias ajudam a frear possíveis impactos e as camadas mais internas são responsáveis por manter a temperatura e umidade corporal, além de regular a pressão.
Colocar e tirar todas essas camadas de tecidos que compõem o traje, assim como entrar e sair de uma estação espacial, por exemplo, são tarefas bastante complexas. Por isso os astronautas usam, em contato com a pele, uma espécie de fralda muito absorvente, caso queiram aliviar as necessidades durante os passeios siderais.
Curiosidades sobre trajes espaciais já utilizados
– O traje laranja usado por astronautas norte-americanos nas primeiras missões espaciais servia somente para o lançamento e retorno da espaçonave à Terra.
– A roupa utilizada na missão Apollo, que possibilitou a caminhada dos astronautas na Lua, era composta por luvas e botas com solados especiais, tanto para ajudá-los como para protegê-los naquela arrepiante missão. Mochilas com suprimento de oxigênio, água e baterias complementavam o look.
– Os trajes mais recentes usados para pesquisa e reparos no exterior de uma estação espacial são mais leves e macios para que não os danifiquem. Eles também têm um propulsor dirigível movido a nitrogênio: com ele, o astronauta se desloca nas atividades fora da estação espacial.
E você já se perguntou como os astronautas lavam as roupas que usam enquanto estão no espaço?
A água tem um papel imprescindível em viagens espaciais, por isso não pode ser usada para lavar roupas. Os astronautas, portanto, vestem os trajes até não aguentarem mais o mau cheiro. Quando finalmente os trocam, colocam as peças sujas em uma cápsula, que é incinerada quando entra em contato com a atmosfera terrestre. A Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) está em constante busca de maneiras mais sustentáveis para resolver esse problema.
Fontes: Correio da Manhã – Portugal, Mundo Educação, Superinteressante e Universe Today.
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