No dia 30 de julho, na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida, foi realizado o lançamento do robô Perseverance, com destino a Marte. A tecnologia da Nasa (a agência espacial norte-americana) em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) tem a missão de descobrir se já existiu vida no Planeta Vermelho.

Perseverance pousará em uma cratera chamada Jezero, que os cientistas acreditam já ter recebido chuvas e até abrigado rios. “A cratera foi selecionada por ser o local em Marte que provavelmente preservaria sinais de vida que teria habitado o planeta bilhões de anos atrás”, explicam Briony Horgan e Melissa Rice, pesquisadoras da Nasa, em artigo publicado no site The Conversation.

O robô também vai testar a possibilidade de usar a atmosfera de Marte para produzir oxigênio. Se isso funcionar, facilitará a exploração do planeta por astronautas, que poderão utilizar a tecnologia para respirar (até hoje, nenhum humano esteve em Marte).

A viagem do Perseverance será longa: a aterrissagem está programada para 18 de fevereiro de 2021. A missão vai durar pouco menos de um ano marciano, o que equivale a 687 dias da Terra.

Estudantes entrevistam engenheiro da Nasa
Um dia antes de o Perseverance ser lançado, alunos do Colégio Catamarã, em São Paulo (SP), conversaram com Paul Brugarolas em uma live. Ele é o engenheiro-chefe do projeto Mars 2020, da Nasa, responsável por levar o robô até Marte. “Ele contou que um dos objetivos da missão é estudar o clima e a poeira [de Marte] e como isso poderia afetar a saúde humana, já que eles planejam mandar pessoas para lá futuramente com um sistema que transforma o carbono da atmosfera marciana em oxigênio”, explica Maria Clara C., de 14 anos, que participou da entrevista.

Na conversa, os alunos também tiveram uma experiência de como seria
participar da viagem. “Fizemos uma simulação da aterrissagem do
Perseverance, foi a parte de que eu mais gostei”, lembra Mariana S., de 11 anos.

Fontes: BBC, G1, Nexo, revista Galileu, The Conversation e UOL.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 154 do jornal Joca.

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