No dia 15 de setembro, a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 divulgou uma nota informando que a vacinação em adolescentes acima de 12 anos sem comorbidades foi suspensa. No dia seguinte, Marcelo Queiroga, o ministro da Saúde, veio a público confirmar a orientação e ainda disse que os jovens que tomaram a primeira dose não devem receber a segunda. Alguns estados já estavam aplicando a vacina para a faixa etária.

Segundo o ministro, é necessário aguardar mais informações sobre possíveis efeitos colaterais que a vacina pode causar. Ele citou que, de 3,5 milhões de adolescentes que receberam a imunização contra a covid-19 no Brasil, 1.500 apresentaram eventos adversos (93% dos casos se referem à aplicação de vacinas que não são a Pfizer, a única que a Anvisa aprovou para a idade).

Mesmo com a orientação do Ministério da Saúde, a Anvisa não mudou a posição e mantém a recomendação da vacina Pfizer para jovens entre 12 e 17 anos. Alguns estados, como São Paulo e Minas Gerais, divulgaram que não vão seguir a orientação do Ministério da Saúde e continuarão realizando a vacinação em adolescentes.

Ao portal Valor Econômico, a subsidiária brasileira da Pfizer reforçou que a vacina é segura e eficaz entre adolescentes e que estudos sobre isso já foram feitos nos Estados Unidos. Até a conclusão desta matéria, a Organização Mundial da Saúde não havia se pronunciado sobre o caso do Brasil, mas especialistas da instituição já afirmaram em outras ocasiões que, apesar de a vacinação entre adolescentes com a Pfizer ser segura, não deveria ser a prioridade do momento.

Fontes: Valor Econômico, O Globo e Agência Brasil

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