Premiê ocupava cargo desde fevereiro de 2021. Foto: Twitter/reprodução

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, renunciou ao cargo, em 21 de julho, por não suportar a instabilidade e pressões políticas que enfrentava já há tempos. Para evitar novos problemas, o presidente italiano, Sergio Mattarella (que dividia a liderança do parlamentarismo republicano com o premiê), optou por dissolver o parlamento do país. Ou seja, o mandato dos políticos vai terminar e uma nova eleição vai acontecer antes do previsto.

De acordo com fontes do governo, em entrevista à agência de notícias Reuters, Mattarella afirmou que novas eleições devem ser realizadas em 25 de setembro, cerca de 70 dias após a renúncia de Draghi.

“O período pelo qual estamos passando não permite nenhuma pausa na ação necessária para combater a crise econômica e social e a inflação crescente”, afirmou o presidente em discurso feito em Roma.

Por que o primeiro-ministro da Itália renunciou?

Para o governo italiano se manter estável é preciso que a coalizão governista (ou seja, a aliança política entre diferentes partidos) que compõe o parlamento sustente votos de confiança ao primeiro-ministro.

Draghi, no entanto, já vinha apresentando dificuldades em obter tal apoio. Partidos como o populista Movimento 5 Estrelas (M5S), Força Itália (FI) e Liga Norte (LN) acabaram por enfraquecer o governo do primeiro-ministro. Isso porque o M5S (sob liderança do ex-premiê Giuseppe Conte) não votou nos projetos que Draghi queria. Os outros dois partidos, por sua vez, alegaram que só dariam os votos necessários caso o M5S fosse excluído do parlamento em uma nova reforma.

O que é parlamentarismo republicano?

Parlamentarismo republicano é um tipo de governo em que dois políticos dividem a liderança do país: o presidente e o primeiro-ministro. Este, também chamado de premiê, fica responsável por governar o parlamento (assembleia composta por políticos que representam os cidadãos), enquanto o presidente representa a nação. Os encargos de cada uma das duas funções variam de acordo com o governo de cada país.

Fontes: Folha de S.Paulo, G1, O Globo, Brasil Escola e Veja.

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