Protestos ocorreram contra o aumento dos impostos no país
Em 25 de junho, uma série de protestos atingiu grande parte do Quênia, na África Oriental, em razão de um projeto de lei que pretendia reformular o sistema de impostos. Manifestantes chegaram a invadir a sede do parlamento, na capital queniana, Nairóbi, enquanto membros da Assembleia Nacional votavam a chamada Lei Financeira de 2024. O projeto chegou a ser aprovado, com ajustes, pela assembleia, no entanto, o presidente do país, William Ruto, anunciou, no dia seguinte, que não sancionaria a lei.
Assembleia Nacional (parlamento): assembleia composta por políticos que representam os cidadãos.
Impostos: taxas que os governos cobram da população. O dinheiro arrecadado é utilizado em áreas como educação e saúde. No Brasil, alguns dos principais impostos dos municípios são o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), cobrado das pessoas que têm algum imóvel na cidade (casa, apartamento, loja etc.), e o Imposto Sobre Serviços (ISS), em que empresas e trabalhadores pagam para a prefeitura uma parte do que recebem.
As manifestações foram marcadas por confrontos violentos entre policiais e a população, deixando civis feridos e, ao menos, 23 mortos. Os cidadãos pediam, sobretudo, o veto à nova lei, a dissolução (ruptura) do parlamento e a destituição (demissão) do presidente.
A Lei Financeira era uma das maneiras que o governo estudava para tentar recuperar a economia queniana, em crise nos últimos anos. O projeto pretendia, entre outras ações, aumentar os impostos cobrados à sociedade. Em 18 de junho, o governo já havia cedido a algumas mudanças exigidas pela população, diminuindo, por exemplo, taxações sobre pães, óleos de cozinha e automóveis. A medida, no entanto, não foi o suficiente para satisfazer as reivindicações, que acabaram pressionando o presidente a recusar a lei.
“Ouvi atentamente o povo do Quênia, que disse em alto e bom som que não quer esse projeto de lei orçamentária”,
declarou o presidente em coletiva.
Fontes: National Assembly KE (X), Kenya Medical Association, Assembleia Nacional da República do Quênia, Agência Brasil, República do Quênia, Folha de S.Paulo e G1.
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