“Tenha força, estamos com você”; “vai ficar tudo bem, mantenha a esperança e não desista dos seus sonhos”. Essas foram algumas das mensagens que leitores do Joca enviaram a estudantes de Brumadinho após o rompimento da barragem.

Crianças e jovens participaram da campanha “Mande uma Carta Para Brumadinho”, na qual foram convidados a escrever mensagens de apoio para estudantes da cidade e encaminhá-las para a redação do Joca. O jornal se encarregou de enviar as cartas para escolas do município, acompanhadas de selos para possíveis respostas e as distribuindo em igual número entre os colégios.

Foram recebidas mais de 2.200 mensagens, vindas de regiões e realidades diferentes do Brasil e até de jovens que moram no exterior. Não demorou para que alguns estudantes de Brumadinho respondessem as cartas recebidas. Com isso, a equipe do Joca foi até o município e visitou escolas para saber mais sobre a experiência. O resultado você confere a seguir.

“Chegaram cartas para vocês”

Henrique A., de 9 anos, do Centro Educacional Maria Madalena Friche Passos (Cemma), em Brumadinho, conta que, um dia, a supervisora da escola entrou na sala com um envelope cheio de cartinhas e o entregou para a professora. Ela, então, leu em voz alta algumas mensagens. “Ficamos surpresos, foi bem legal”, diz Henrique, que, depois, reuniu-se em um grupo com outros estudantes para escrever um agradecimento à escola de São Paulo que tinha enviado as correspondências.

Já Rafaela L., de 9 anos, lembra que a escola “ficou muito alegre” em receber as cartas e que, na turma dela no Cemma, muitos ficaram emocionados. “A minha professora entregou cartas para cada um. Algumas pessoas abriram com todo o cuidado, para não rasgar nem um pedaço. Outras queriam abrir logo”, diz. Agora, passada a fase de ler e responder as correspondências, a turma guarda as cartas coladas no caderno, como forma de nunca se esquecer delas.

Cartas na era do WhatsApp

Acostumados a se comunicar por aplicativos de troca de mensagens, muitos alunos nunca tinham trocado cartas pelo correio — e dizem que, após receber as correspondências dos leitores do Joca, passaram a gostar da experiência. “É mais legal receber uma carta do que um WhatsApp, porque parece mais real”, diz Ana Clara M., de 11 anos, da Escola Municipal Carmela Caruso Aluotto, de Brumadinho. “Podemos ver a letra da pessoa, imaginar como ela é. Além disso, ficamos ansiosos para receber a resposta.”

Receber uma correspondência em mãos também foi especial para Laura S., 11 anos, que respondeu a carta enviada e disse que gostaria de continuar se comunicando com a autora. “Eu fiquei muito curiosa para saber mais sobre ela. Guardo a minha carta até hoje. Se ela fez com carinho, eu tenho que guardar para lembrar que não estamos sozinhos, que tem gente que se importa com a gente.”

As respostas

Alguns colégios que enviaram correspondências para escolas de Brumadinho já receberam respostas dos alunos de lá. Veja abaixo o que eles acharam da troca de mensagens.

Colégio De Ághape (SP)

“Nós ficamos muito felizes em receber as cartas das crianças de Brumadinho. Nós ficamos felizes em ajudar as pessoas que perderam familiares e amigos.” – Rafaela P., 10 anos

Giovana (da esquerda) e Ana Carolina (da direita).

“A gente ficou muito feliz em ajudar as crianças de Brumadinho porque a gente sabe que vocês passaram por uma situação muito difícil.” – Giovana M., 9 anos

“Foi muito emocionante o que vocês escreveram para a gente e o que a gente escreveu para vocês.” – Ana Carolina M., 9 anos

“A gente ficou muito feliz por receber cartas. Esperamos que vocês também tenham ficado felizes.” – Pedro Henrique T., 9 anos

“Eu fiquei muito, muito feliz por receber as cartas.” – Pedro Henrique O., 7 anos

“A gente ficou muito emocionado por receber respostas das crianças de lá. As respostas eram muito carinhosas.” – Felipe M., 8 anos

Escola Paulo Eiró (SP)

“Eu amei receber a carta de uma aluna de Brumadinho. Desde que escrevi a carta, sonhava em receber uma resposta – e consegui. Eu amei.” Adriana C.. 10 anos

“Eu adorei mandar as cartas para as crianças de Brumadinho. Fiquei emocionada quando li a carta que eles mandaram. Espero que ele e a família dele estejam bem.” – Maria Eduarda F., 10 anos

“Eu amei escrever a carta e receber a resposta de um dos alunos. Espero que a família dele esteja bem.” – João Pedro C., 10 anos.

Emef Prof. Laerte José dos Santos (SP)

“Estou feliz por ter ajudado Brumadinho e por terem respondido a minha carta.” – Miguel A., 9 anos

“Eu fiquei muito feliz por receber a carta. Senti muito amor e felicidade. Eu me senti importante ao receber a carta.” – Isabelly F., 10 anos

“Quando recebi a cartinha deles, eu me senti muito feliz e importante. Gostaria que a amizade continuasse. Nós ficamos o tempo todo no celular, e eu nunca tinha tido contato com cartas. Foi uma experiência muito legal.” – Júlia S., 10 anos

“Eu fiquei muito feliz por ter ajudado as crianças. Achei muito legal esse intercâmbio.” – João Pedro S., 10 anos

“Eu fiquei feliz por ter mandado a cartinha e por receber resposta de Brumadinho.” – Milena, 9 anos 

“Fiquei muito feliz que o Joca mandou nossas cartinhas para Brumadinho, sei que ajudei as crianças de lá.” – Pedro Henrique de A., 10 anos

*Versão estendida de reportagem publicada originalmente no “Especial Brumadinho”, encarte da edição 133 do Joca.

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Comentários (1)

  • Raquel Simone Ferreira

    4 anos atrás

    Só uma correção: E.E PAULO EIRÓ.

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