A Polícia Federal (PF) encerrou nessa quinta-feira (6) a força-tarefa exclusiva das operações Lava Jato e Carne Fraca em Curitiba, no Paraná.

De acordo com a PF, os investigadores passarão a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor), setor que faz parte da superintendência da instituição.

A Polícia Federal informou, também, que continuará disponibilizando toda a estrutura e logística possível para a continuidade e desenvolvimento do trabalho.

Em maio deste ano, o quadro de delegados dedicados exclusivamente à Lava Jato foi reduzido de nove para quatro.

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Nos mais de três anos de Operação Lava Jato, a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro da história do Brasil,  muitas pessoas foram interrogadas, presas, soltas ou aguardam julgamento.

A operação começou com uma investigação de uma rede de doleiros que atuavam em vários estados, e acabou descobrindo um enorme esquema de corrupção, em que estão envolvidos políticos de diversos partidos, comandantes de poderosas construtoras do país e uma das maiores estatais brasileiras: a Petrobras.

E, primeira vez na história, muitos executivos, políticos e grandes empresários e doleiros decidiram colaborar com a Justiça. Eles fizeram dezenas de delações premiadas, quando aceitam contar tudo o que sabem, em troca de obterem penas reduzidas.

Juiz Sérgio Moro, que comanda a Lava Jato

A operação começou em 2014, já teve mais de 25 fases e 116 condenações, contabilizando mais de 1000 anos de cadeia para os envolvidos.

Os crimes denunciados até agora envolvem pagamento de propina de cerca de R$ 6,4 bilhões, sendo que R$ 2,9 bilhões já foram recuperados.

Atualmente 27 pessoas permanecem presas por ordem da Justiça e 116 já foram condenadas.

Dos 116 condenados, 97 respondem a seus processos em liberdade ou sob medidas alternativas, ou seja, não estão na cadeia.

Segundo a Justiça Federal do Paraná, 24 acusados estão com tornozeleira eletrônica.

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Dos mais de 130 delatores da operação, 35 tiveram redução de pena ou soltura.

Marcelo Odebrecht continua preso
O empresário Marcelo Odebrecht é o único delator que permanece em um presídio após fechar sua colaboração, considerada a mais rígida da Lava Jato.

Entre os beneficiados pelas colaborações estão o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, primeiro delator da Lava Jato; os publicitários João Santana e Mônica Moura, soltos após a delação; o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, entre outros.

O COMEÇO

O nome “Lava Jato” surgiu após a investigação de uma rede de postos de combustíveis e lava a jato de automóveis que era usada para movimentar o dinheiro de uma das organizações criminosas.

As investigações começaram em 2009, com o doleiro Alberto Youssef, e doleiros ligados a ele, que movimentaram bilhões de reais no Brasil e no exterior, usando empresas falsas, contas em paraísos fiscais e contratos de importação considerados falsos.

Nesse esquema, que já dura pelo menos dez anos, grandes empreiteiras organizadas em cartéis pagavam propina para altos executivos da estatal e outros agentes públicos. O valor da propina variava de 1% a 5% do montante total de contratos bilionários superfaturados.

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