A preocupação com o meio ambiente é crescente entre os jovens brasileiros, segundo a pesquisa “Conservação da Amazônia e os interesses dos alunos pela biodiversidade”, publicada em agosto na revista científica Science Advances. De 2010 a 2014, aumentou de 3,66 para 3,82 a nota média que estudantes de 14 a 16 anos deram à importância de proteger o ambiente — a nota máxima é 4.

A publicação reúne resultados de pesquisas desenvolvidas nos últimos 13 anos por pesquisadores de cinco instituições, incluindo a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Butantan. Os dados correspondem ao período de 2007 e 2014 e foram coletados a partir de entrevistas com mais de 5 mil alunos do ensino médio de escolas públicas e privadas do Brasil.

O estudo concluiu também que os jovens brasileiros discordam da ideia de que apenas especialistas devam procurar soluções para os problemas ambientais. Eles acreditam que têm poder de influenciar nesse assunto. Além disso, mostraram-se otimistas sobre o futuro e afirmaram que ainda há tempo para encontrar saídas para a questão ambiental.

Regiões
O interesse em aprender sobre biodiversidade, de acordo com a pesquisa, é maior entre os moradores do Norte do Brasil: 50,4% demonstraram essa vontade na região. Já o interesse entre estudantes do Sudeste ficou em 33,1%.

Segundo os pesquisadores, a explicação para a diferença está na proximidade da Região Norte à floresta amazônica e ao conhecimento das populações indígenas e ribeirinhas (que vivem na beira dos rios). “Mesmo assim, estudantes de ambas as regiões concordam com a necessidade urgente de ações para proteger o meio ambiente”, concluiu o estudo.

Os cientistas destacam a importância de melhorar a educação de ciência no país, incluindo aulas mais atualizadas sobre a floresta amazônica e o conhecimento dos povos tradicionais. Segundo eles, aprender sobre a biodiversidade na escola é essencial para que as pessoas entendam a importância dos cuidados com ambiente. Se isso não for feito, “atitudes positivas em relação à conservação podem não ser duradouras”, afirma a pesquisa.

Em setembro foi realizada, em Manaus, Amazonas, uma ação educativa de combate às queimadas em parceria com o Exército | #pracegover: Homem vestindo farda do exército e fiscal com colete verde entregam cartilha para homem e mulher. Foto: Ingrid Anne/Semcom/Fotos Públicas

Fontes: O Globo e Science Advances.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 158 do jornal Joca.

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Comentários (3)

  • Giovanna Francisca Coelho Fontes

    3 anos atrás

    Eu vou apoiar todos que querem ajudar a mata em todo o mundo.

  • Thais

    3 anos atrás

    Que triste a mata sendo queimada. :(

  • HELENA

    3 anos atrás

    O pantanal está sendo destruído e assim as árvores ? podem não mais existir e as árvores que fazem oxigênio.

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