Jornalistas das Filipinas e da Rússia venceram o Nobel da Paz de 2021. Foto: Niklas Elmehed ©Nobel Prize Outreach/divulgação

Uma jornalista das Filipinas, Maria Ressa, e um da Rússia, Dmitry Muratov, foram escolhidos para receber o Prêmio Nobel da Paz de 2021, em 8 de outubro. No anúncio oficial, o comitê do Nobel afirmou que decidiu dar a honraria aos candidatos “por seus esforços para salvaguardar [ou seja, defender] a liberdade de expressão, que é uma condição para a democracia e a paz duradoura”. 

Maria Ressa é cofundadora de uma empresa de mídia digital de jornalismo investigativo, que busca estudar e divulgar assuntos que consideram que a população precisa saber. Um dos principais objetivos do seu trabalho é expor o abuso de poder e o uso da violência nas Filipinas. 

Já Dmitri Muratov é editor-chefe de um dos únicos jornais locais que criticam o governo do presidente russo, Vladimir Putin. O veículo, chamado Novaya Gazeta, já teve seis jornalistas assassinados em situações misteriosas. 

De acordo com o prêmio, a dupla representa todos os jornalistas que defendem a liberdade de expressão. 

Medicina 

Os vencedores, David Julius (à esquerda) e Ardem Patapoutian (à direita). Foto: Niklas Elmehed ©Nobel Prize Outreach/divulgação

Os pesquisadores David Julius (dos Estados Unidos) e Ardem Patapoutian (do Líbano) foram os primeiros vencedores do Nobel de 2021, anunciados em 4 de outubro. Eles foram responsáveis por pesquisas que ajudaram a entender como o corpo humano sente frio, calor e tato (ou seja, o toque).

Enquanto o norte-americano conseguiu identificar um sensor nas terminações nervosas responsável por responder ao calor, Patapoutian descobriu proteínas que ajudam o corpo a sentir pressão (do toque, por exemplo). As pesquisas de ambos são usadas para o tratamento de diversas doenças e dores, como as crônicas (dores persistentes que geralmente não se curam). 

Física

Os pesquisadores vencedores do Nobel da Física. Foto: Niklas Elmehed/Nobel Media/divulgação 

Três pesquisadores que ajudaram o mundo a entender as mudanças climáticas receberam o Nobel da Física, em 5 de outubro: Syukuro Manabe (Japão), Klaus Hasselmann (Alemanha) e Giorgio Parisi (Itália). Manabe mostrou como o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera provoca a elevação das temperaturas do planeta. Ao lado dele, Hasselmann ajudou a entender a relação dos humanos com as mudanças climáticas. Já os estudos do italiano são importantes para compreender muitos materiais e fenômenos diferentes.

Química

Benjamin List (à esquerda) e David MacMillan (à direita) venceram o Nobel de Química. Foto: Niklas Elmehed ©Nobel Prize Outreach/divulgação

O Nobel de Química também foi conferido, em 6 de outubro, a estudiosos que buscam a sustentabilidade. Benjamin List (Alemanha) e David MacMillan (EUA) construíram uma máquina que atua na construção de moléculas, o que impactou a indústria dos remédios e, de acordo com o anúncio do Nobel, deixou a química mais “verde”. Entre outras funções, as moléculas podem armazenar energia em baterias e dificultar o avanço de doenças. Para isso, é necessário que haja catalisadores, substâncias capazes de controlar e acelerar reações químicas. Antes dos trabalhos da dupla, só existiam dois tipos de catalisadores – eles foram responsáveis por criar o terceiro. 

Literatura

Abdulrazak Gurnah venceu o Nobel de Literatura por seus trabalhos sobre a realidade enfrentada por refugiados. Foto: Niklas Elmehed ©Nobel Prize Outreach/divulgação

O romancista da Tanzânia Abdulrazak Gurnah foi anunciado como vencedor do Nobel de Literatura, em 6 de outubro. De acordo com o comitê, “seus romances fogem de descrições estereotipadas e abrem nosso olhar para uma África Oriental culturalmente diversificada, desconhecida para muitos em outras partes do mundo”. Ele chegou à Inglaterra aos 12 anos, como refugiado, e tem a questão das pessoas que buscam refúgio em outros países como tema central das suas obras. Gurnah foi elogiado pelo prêmio por mergulhar, com compaixão, nos efeitos do colonialismo (ou seja, a chegada dos portugueses à África) e no choque entre culturas que é enfrentado pelos refugiados.  

Fontes: Agência Brasil, BBC, El País, Estadão, Istoé Dinheiro, Nobel Prize e UOL.

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