Da esquerda para a direita: Stephanie Habrich, Rosental Alves, Pablo Ortelado e Sérgio Dávila.

A diretora do jornal Joca, Stephanie Habrich, foi uma das participantes do debate “Jornalismo como Antídoto às Fake News”, que aconteceu no 2º Encontro Folha de Jornalismo, realizado no Unibes Cultural nesta segunda-feira, dia 19. O evento marcou o aniversário de 97 anos do jornal e o lançamento do novo Manual de Redação.

Mediada pelo jornalista Sérgio Dávila, a mesa foi a primeira do encontro e teve como convidados o jornalista e membro do Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo, Rosental Alves, e o colunista e professor da Universidade de São Paulo Pablo Ortellado.

Na conversa, os participantes falaram sobre o conceito de fake news, os problema causados pela disseminação de informações erradas e o desafio de fazer jornalismo de qualidade em um mundo em que conteúdos duvidosos atingem rapidamente milhões de pessoas.

Para Stephanie, educar crianças e jovens é o primeiro passo para evitar que notícias falsas continuem se proliferando. “Ao ler notícias com embasamento, credibilidade, os jovens passam a participar da sociedade. Quanto mais a criança souber o que está acontecendo ao seu redor, mais protegida ela estará. Não vamos tirá-las das redes sociais, não vamos conseguir controlar o que estão lendo, mas podemos torná-las mais críticas”, diz.

Como exemplo, Stephanie cita o vídeo do “rato que tomava banho”, que viralizou na internet nos últimos dias. Muitos acreditaram que o animal estava tentando se limpar, embora isso não passasse de uma distorção dos fatos. Na verdade, trata-se de uma pacarana (e não de um rato) que está tentando tirar a espuma que algum humano passou em seu corpo.

“Esse vídeo gerou grande comoção nas escolas”, conta Stephanie. “Quando as crianças descobriram que aquilo era fake, ficaram horrorizadas. Quando um jovem vê algo assim, ele passa a não saber mais no que acreditar.”

Segundo um estudo feito pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, 40% dos jovens não sabem diferenciar notícias verdadeiras de notícias falsas, o que os pesquisadores consideraram como um resultado “lamentável”. Para fazer a pesquisa, foram selecionados mais de sete mil estudantes de escolas e universidades de 12 estados americanos.

Para Rosental, embora boatos sempre tenham existido, a forma como os jornalistas lidam com eles mudou com a chegada das novas tecnologias. “Antes, nós não desmentíamos as notícias falsas, porque isso dava credibilidade a elas. Hoje, não se pode ignorá-las.”

Em meio a tantos conteúdos duvidosos, que podem repercutir e gerar consequências perigosas, Rosental acredita que o trabalho do jornal Joca é fundamental para combater a desinformação. “Nunca foi tão importante termos jornais como o Joca, que alfabetizam os jovens com notícias de qualidade”.

Confira o minuto a minuto do evento.

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Comentários (1)

  • Valentina Rogana Valadares

    6 anos atrás

    UAU!!!!!

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