A usina nuclear de Fukushima passou a usar muita água para resfriar os reatores, superaquecidos por um tsunami em 2011
O governo japonês anunciou, em 13 de abril, que jogará no mar água vinda da usina nuclear de Fukushima, depois que o líquido passar por tratamento para diminuir as substâncias radioativas contidas nele, prejudiciais ao ambiente e aos seres humanos. O projeto do primeiro-ministro Yoshihide Suga, previsto para durar dois anos, no entanto, é criticado por pescadores, ambientalistas e países vizinhos.
A usina nuclear de Fukushima passou a usar muita água para resfriar os reatores, superaquecidos pelo tsunami de 11 de março de 2011. Há dez anos, um intenso terremoto causou ondas gigantes que atingiram a usina, provocando explosões. Mais de 160 mil pessoas tiveram que fugir por causa da radiação liberada em um dos piores acidentes nucleares da história. Mais de 40 mil seguem desabrigadas pelo desastre, que deixou 18.428 mortos e desaparecidos.
Aproximadamente, 1,25 milhão de toneladas de água contaminada é armazenada atualmente nos mais de mil reservatórios próximos à usina. A quantidade equivale ao peso de 208 mil elefantes. A previsão é de que, em 2022, seja atingido o limite de armazenamento no local. A solução para o problema vem sendo discutida há sete anos.
Poluentes
Segundo o governo japonês, a água que será lançada no mar foi filtrada para retirar a maior parte das substâncias radioativas. Mas a filtragem não removeu uma substância radioativa chamada trítio. De acordo com especialistas consultados pelo governo, o trítio só é perigoso para a saúde humana em grandes quantidades.
O risco de contaminação das águas preocupa pescadores, agricultores, ambientalistas e países vizinhos ao Japão, como China e Coreia do Sul. Os trabalhadores têm medo de a venda de seus produtos diminuírem. O Greenpeace, organização de defesa ao meio ambiente, pede que a água fique guardada até a criação de uma tecnologia que permita a descontaminação total do líquido.
Glossário
Usina nuclear: é usada para produzir energia elétrica a partir de elementos radioativos, como urânio.
Fontes: Agência Brasil, BBC e G1.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 169 do jornal Joca.
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