Após cerca de 500 dias de indecisão sobre quem iria governar o Estado, Israel tem um novo governo, que tomou posse em 17 de maio. A solução encontrada foi uma aliança entre os dois partidos que obtiveram mais votos: o Likud, com cerca de 30% dos votos, e o Kahol Lavan (azul e branco em hebraico, as cores da bandeira de Israel), com aproximadamente 26%.

Com isso, os candidatos a primeiro-ministro dos dois partidos — Benjamin Netanyahu (que ocupava o posto antes das eleições) e Benny Gantz, respectivamente — irão se revezar no cargo, que é o mais importante de Israel. O primeiro a assumir será Netanyahu, que ficará 18 meses no poder com Gantz como vice. Em 17 de novembro de 2021, os dois vão inverter os cargos.

Já os ministérios serão divididos igualmente entre os líderes. Além disso, Gantz também deve assumir o Ministério da Defesa enquanto ocupar o cargo de vice. A ideia da divisão é criar um equilíbrio de poder, evitando um novo impasse político que resultaria em uma quarta eleição em menos de dois anos.

Israel ficou tanto tempo sem decidir qual partido teria o direito de escolher o primeiro-ministro porque nenhum deles tinha conseguido formar as alianças necessárias para assumir o governo. Conheça as regras de Israel para formar um governo ao lado.

Como o governo de Israel é formado?
Em Israel, o povo não vota em um candidato, e sim em uma lista com candidatos que deseja eleger para o parlamento do país, chamado Knesset. Depois, o parlamento fica responsável por formar o governo. Cada lista contém o nome de quem o partido indica para cada cargo, inclusive o de primeiro-ministro. Seria mais ou menos como votar em um partido, com a diferença de que vários partidos podem se unir para formar uma só lista. Após a votação popular nas listas, as cadeiras do Knesset são distribuídas de modo proporcional. Como há 120 cadeiras, se a lista de um partido tiver 25% de votos, por exemplo, ele irá ocupar 30 assentos. Para um governo assumir o comando do país, é necessário que tenha a maioria dos parlamentares como aliados (ou seja, ao menos 61 dos 120 membros devem apoiá-lo).

Outdoor de campanha mostra Benjamin Netanyahu, ao fundo, e Benny Gantz, em Israel / #pracegover: um grande outdoor está em cima de uma ponte e mostra as imagens dos dois políticos. Ao redor, prédios e outras construções. Foto: Artur Widak/NurPhoto via Getty Images

Correspondente internacional
“Estamos curiosos para ver como os oponentes políticos dividirão suas ideias no mesmo governo. Eu não imaginava que isso iria acontecer, achei que teriam mais eleições e que o Netanyahu ia acabar ganhando. Acho que eles decidiram se juntar porque perceberam que ia dar empate de novo e porque Israel precisava de um governo forte para administrar o novo coronavírus.” Rony C., 10 anos, de Nahariya, em Israel

Rony-Israel
#pracegocer: Rony usa moletom cinza e calça escura. Ele está com as mãos nos bolsos e sentado em um topo de pedra, sobre um deck de madeira. Foto: arquivo pessoal

Fontes: El País, Haaretz, Folha de S.Paulo, The Jerusalem Post e Valor Econômico.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 150 do jornal Joca

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