ISRAEL
O país ocupa a primeira colocação no ranking de nações com a maior parcela da população vacinada. Até o fechamento desta edição, a cada grupo de cem pessoas de Israel, 93 já tinham recebido pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19, segundo o site Our World in Data.

De acordo com autoridades e especialistas de saúde israelenses, já é possível observar como a imunização está ajudando a diminuir o número de casos no país. Em 18 de fevereiro, apenas 6,2% dos testes deram resultado positivo para a doença, a menor porcentagem desde o início de janeiro. A vacinação em Israel começou em 20 de dezembro.

Além disso, um estudo feito pela Clalit, maior organização de serviços de saúde da nação, analisou 600 mil pessoas que já tinham recebido duas dosesda vacina da Pfizer e comparou com 600 mil indivíduos ainda não imunizados. A conclusão foi de que os vacinados tinham 94% menos chances de ter sintomas da doença.

INGLATERRA
Uma pesquisa feita pelo Imperial College London mostrou que, desde o início de janeiro, quando o país adotou um lockdown (confinamento rígido), o número de casos caiu em dois terços. Segundo especialistas em saúde, o estudo prova que as regras de isolamento social ajudaram a restringir a circulação do vírus.

#pracegover: mulher correndo em na rua sem máscara na cidade de Talke, no Reino Unido. Durante o lockdown na Inglaterra, boa parte da população só podia sair de casa para fazer o essencial, como exercícios físicos. O governo de Londres não exige o uso de máscara nesse caso, desde que a distância entre as pessoas sej de 2 metros. Crédito de imagem: Nathan Stirk/Getty Images

Durante o lockdown, apenas quem trabalha com serviços essenciais pode sair de casa. O restante da população só deve sair para fazer compras, ir ao médico ou praticar exercícios físicos. Além disso, escolas, restaurantes e bares precisam ficar fechados.

A medida está programada para acabar em 21 de junho, mas, como o número de infectados começou a cair, o governo pretende diminuir as restrições antes dessa data. A partir de 8 de março, escolas e universidades poderão abrir e será permitido o encontro entre duas pessoas ao ar livre. O comércio deve continuar fechado até 12 de abril.

Correspondente internacional
”A maioria das pessoas que eu conheço que têm de 16 anos para cima e moram em Israel já foram vacinadas. A vacinação está sendo bem organizada. No começo, estava mais rápida, agora deu uma diminuída. Acredito que seja porque boa parte da população já foi vacinada. Eu quero muito que chegue a minha vez de poder me vacinar. Quero voltar a ter aulas e atividades normalmente.” Rony C., 11 anos, de Nahariya, Israel

Rony-Israel
#pracegover: Rony sorri para a foto e usa um moletom cinza. Foto: arquivo pessoal

Vacinas para os palestinos
Israelenses e palestinos são dois povos que disputam terras na mesma região (saiba mais na edição 143). Durante o programa de vacinação, o governo de Israel prometeu enviar 5 mil doses para os palestinos. Até agora, 2 mil foram encaminhadas.

Parte das autoridades israelenses, porém, é criticada por ter prometido doses para aliados da Europa e América Latina — o governo da República Tcheca e o de Honduras, por exemplo, afirmaram que Israel daria 5 mil doses para cada um deles. Os palestinos alegam que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, estaria priorizando países aliados em vez de focar em palestinos que vivem em territórios controlados por Israel e que, na maioria, ainda não foram vacinados. O conselheiro de Netanyahu, Mark Regev, nega as acusações e afirma que o governo israelense tem muito interesse em imunizar os palestinos, pois seria uma forma de evitar que eles transmitam o vírus para a população que ainda não foi vacinada.

O envio de doses para outros países, no entanto, foi suspenso em 25 de fevereiro. O motivo, segundo o Ministério da Defesa de Israel, teria sido a necessidade de avaliar se o primeiroministro tem permissão para fazer isso.

Fontes: Al Jazeera, BBC, DW, G1, Our World in Data, Reuters, The New England Journal of Medicine, The Guardian, The New York Times e The Times of Israel.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 165 do jornal Joca.

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