O Conselho Superior de Segurança Nacional do Irã anunciou, em 8 de maio, que deixará de cumprir parte das restrições impostas por um acordo nuclear internacional, assinado em 2015. O governo iraniano deu um prazo de 60 dias para que as nações que atualmente fazem parte do acordo — Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia — aliviem as restrições impostas ao país, como obstáculos à venda de petróleo. Se não houver entendimento, os iranianos afirmam que deixarão de respeitar mais restrições determinadas pelo acordo. O documento de 2015, na época assinado também pelos Estados Unidos, define um limite para o estoque de urânio enriquecido e água pesada no Irã, materiais que podem ser utilizados como combustível para armas nucleares.

Segundo o acordo, o excesso dessas substâncias, geradas pela produção de energia nuclear no Irã, deve ser vendido para o exterior, como forma de garantir que não seja usado para a construção de armas nucleares dentro do país. Em troca, o documento eliminou proibições que tinham sido impostas ao Irã, como a liberação de 100 bilhões de dólares (cerca de 394 bilhões de reais) que não podiam ser movimentados até então.

Agora, segundo declarações dadas por Hassan Rouhani, atual presidente iraniano, o país não venderá mais urânio enriquecido nem o que houver de excesso de água pesada até que os países que fazem parte do acordo avaliem as restrições impostas ao Irã.

#pracegover: bandeira do Irã. A bandeira é composta por três cores: verde no topo, branca no meio e vermelho na parte inferior. No centro da faixa branca, há um símbolo em vermelho. Crédito: GettyImages

Cerca de um ano atrás, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saiu do acordo nuclear com o Irã e impôs restrições financeiras ao país, como a proibição de comprar dólares e metais preciosos.

A decisão foi tomada, segundo Trump, por dois motivos: os 100 bilhões de dólares liberados pelo acordo de 2015 teriam sido usados pelos iranianos em “um fundo para armas, terror e opressão”; o documento seria ineficiente, já que só restringia as atividades nucleares no país por um tempo limitado e não teria sido capaz de conter mísseis lançados pelo Irã.

Fontes: BBC, El País, Exame, Folha de S.Paulo, InfoEscola, G1 e Superinteressante.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 131 do jornal Joca.

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