A justiça da Austrália e a da África do Sul cederam a uma inteligência artificial o direito de registrar duas invenções em seu nome, no fim de julho. O robô da Universidade de Surrey, no Reino Unido, conhecido como Dabus, tornou-se o primeiro não humano da história a ter propriedade intelectual por coisas que ele mesmo criou.

Um desses itens é o “recipiente para alimentos com base na geometria fractal”: uma espécie de garrafa com formato diferente. A “ideia” surgiu para resolver o problema que as inteligências artificiais têm de manusear e empilhar recipientes comuns. A outra descoberta é uma lanterna que pisca no ritmo e padrão perfeitos para que nenhum humano consiga ignorá-la, mesmo se estiver distraído, o que pode ser útil para a sinalização no trânsito, por exemplo.

O cientista responsável por Dabus, Stephen Thaler, batalhou na Justiça para que o robô tivesse os direitos reconhecidos — ele já tinha tido pedidos de patentes negados nos Estados Unidos e na Europa. “Tem sido mais uma batalha filosófica para convencer a humanidade de que minhas arquiteturas neurais criativas são modelos convincentes de cognição [capacidade de adquirir ou assimilar conhecimento], criatividade, senciência [capacidade de sentir] e consciência”, disse ele em entrevista ao portal de notícias ABC.

GLOSSÁRIO
Inteligência artificial: máquina com uma programação que atua de maneira similar à forma como o cérebro humano trabalha. Por isso, é capaz de formular frases, pensar em soluções de problemas e até aprender coisas novas.

Fontes: ABC, Canaltech, Istoé, Superinteressante e Tribunal de Patentes da África do Sul.

Texto originalmente publicado na edição 175 do jornal Joca.

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