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Os incêndios florestais que acontecem na Austrália desde setembro de 2019 já devem ter matado mais de um bilhão de animais, incluindo metade da população saudável de coalas, segundo estimativa de cientistas. Além disso, 35 pessoas morreram.

A área atingida pelo fogo já soma mais de 100 mil quilômetros quadrados, duas vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro. Um relatório divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente australiano mostra que 327 espécies de plantas e animais estão ameaçadas, pois 80% do seu habitat natural (área ambiental onde vivem) foi destruído.

A Austrália é isolada geograficamente (está rodeada por oceano) e, por isso, abriga 224 espécies de seres vivos que só existem por lá – e, assim, correm risco de extinção com o fogo.

Austrália-interno

Combatendo o fogo

Uma série de ações foi iniciada pelo governo. Entre elas:

  • Missões de resgate e de combate ao fogo ocorrem dia e noite.
  • Helicópteros já jogaram milhares de quilos de batata-doce e cenoura para alimentar os animais.
  • Cerca de 3 mil reservistas (pessoas que não fazem mais parte do Exército, mas são chamadas em emergências) foram convocados para ajudar.

Como os incêndios começaram?

Nesta época do ano, a temperatura passa dos 48ºC no país, chove pouco e se formam muitos raios. Essa combinação resulta na “temporada de incêndios”, que, desta vez, tornaram-se mais graves por causa de alguns fatores:

– Os fortes ventos que espalham o fogo rapidamente.
– As florestas mais secas e o clima ainda mais quente. Segundo cientistas, consequência das mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global.

Em 10 de janeiro, fortes chuvas ajudaram a conter alguns focos de incêndio, mas também provocaram enchentes e fecharam estradas. Nove dias depois, ainda houve tempestades de areia nas cidades Dubbo e Broken Hill.

Como ajudar?

Diversas Organizações Não Governamentais (ONGs) possuem ações. A World Wide Fund for Nature (WWF), por exemplo, criou um sistema para “adotar” um coala fazendo doações mensais a partir de 15 dólares (cerca de 60 reais).

Natércia Tiba, moradora de São Paulo, fez o apadrinhamento de um coala por intermédio do Koala Hospital, de Port Macquarie. Apelidado de Paul, o animal foi encontrado em estado de desidratação severa na Reserva Natural de Crestwood/Lake Innes e já está sendo tratado graças às doações. “Nós divulgamos a adoção nas redes sociais e notamos que outras pessoas começaram a fazer o mesmo”, ela conta. “Mesmo de longe, existem formas de ajudar.”

Aranha venenosa 

O calor e as chuvas fortes criaram mais um efeito colateral perigoso. Uma das espécies de aranha mais perigosas do mundo, a Atrax robustus, iniciou um ciclo de proliferação e está invadindo residências na Austrália.

O veneno da Atrax robustus pode matar uma pessoa adulta em 15 minutos. Os especialistas aconselham que as vítimas imobilizem a área afetada e procurem atendimento médico imediato.

As pessoas que moram em locais que sofreram com as enchentes precisam ter cuidado extra, já que a aranha pode sobreviver cerca de 20 horas na água.

Correspondentes internacionais

correspondente-australia-2“Os focos de incêndio estão cruzando a Austrália. Fico feliz por eu e minha família estarmos a salvo. E me sinto triste pelas pessoas que perderam a casa em que viviam e pelos animais”, Olivia M. E., 8 anos, de Brisbane, Austrália

correspondente-australia-1“Nós doamos dinheiro para ajudar, mas gostaríamos de poder fazer mais. Minhas orações vão para todas as famílias que perderam tudo”, Luisa M. E., 11 anos, de Brisbane, Austrália

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Comentários (1)

  • Adriana Dias

    3 anos atrás

    nãoo, pq os coalas tem que morrer? lagrimas

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