O mini-helicóptero Ingenuity, da Nasa (a agência espacial dos Estados Unidos), voou em Marte, pela primeira vez, em 19 de abril. Ele ficou no ar por 30 segundos, subiu três metros e depois aterrissou, conforme o planejado. Este foi o primeiro voo bem-sucedido de um helicóptero motorizado fora da Terra. A pequena aeronave ajudará a coletar informações sobre o planeta vermelho.

Parecido com um drone, o Ingenuity pesa 1,8 kg e foi levado a Marte pelo robô Perseverance, que pousou por lá em fevereiro (saiba mais na edição 165 do Joca). Além das fotografias feitas pelo Perseverance, o próprio Ingenuity produziu imagens para comprovar seu voo. Os dados sobre o sucesso da ação foram recebidos, quatro horas depois do feito, pelos engenheiros da agência, que comemoraram.

#pracegover: a foot mostra o helicóptero pousado no solo de Marte. Foto: NASA/JPL-Caltech

Desafios
A gravidade (força que mantém os objetos no chão) na Terra é 2,5 vezes maior do que em Marte, o que facilita um voo por lá. Por outro lado, o ar no nosso planeta vizinho é muito rarefeito: tem menos de 1% da pressão atmosférica da Terra. Isso quer dizer que quase não há ar para impulsionar o helicóptero do chão e fazê-lo decolar, tornando o voo em Marte um desafio.

Para o Ingenuity ser capaz de voar nessas condições, as hélices tiveram que girar 2.500 rotações por minuto, cinco vezes mais do que o necessário para um helicóptero na Terra. A aeronave também foi construída com materiais leves, como carbono, para facilitar o voo.

A Nasa tem planos de fazer cinco voos com o Ingenuity nos próximos trinta dias. O sucesso da missão deve levar a agência a criar mais aeronaves com essa tecnologia para transformar a exploração espacial.

Oxigênio em Marte
No dia seguinte ao voo do Ingenuity, o Perseverance também fez história ao produzir, pela primeira vez, oxigênio respirável em outro planeta. Para isso, o robô usou materiais disponíveis no solo de Marte e um dispositivo chamado Moxie. Foram criados cerca de 5 gramas de oxigênio, o suficiente para um humano respirar por dez minutos. A tecnologia também é importante porque a queima de combustível dos foguetes depende de oxigênio — ter mais dele disponível facilitará que astronautas, no futuro, façam viagens de volta para casa.

Fontes: Folha de S.Paulo, G1, Nasa, Olhar Digital, Superinteressante, TecMundo, El País e UOL.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 169 do jornal Joca.

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Comentários (4)

  • pietra.pierozzi@alunopueri.com.br

    2 anos atrás

    Super interessante.Por fato f estou fazendo um trabalho para a aula de português e estava pesquisando no seu jornal(do Joca)e escrevi Nasa e quando vi o titulo estava apaixonada porque o trabalho que eu estava fazendo,tinha que estudar sobre alguma coisa e eu escolhi Nasa Estou super apaixonada com o seu jornal(o mais top do mundo)

  • LORENA AMORIM DOMINICES ARAUJO SOUZA

    2 anos atrás

    enteresante

  • Maria tereza

    2 anos atrás

    Que massa?

  • maria

    2 anos atrás

    uau!!!!

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