Construção em Kiev, na Ucrânia, destruída na guerra. Foto: Anastasia Vlasova/Getty Images

O dia 24 de fevereiro marca um ano da invasão russa do território ucraniano. A guerra, iniciada pela Rússia sob a justificativa de ameaça da expansão da Otan pela região do Leste Europeu e por uma possível adesão ucraniana à organização (relembre nas edições 183 e 184), já registra cerca de 280 mil soldados mortos ou feridos, entre ucranianos e russos (segundo dados do governo norueguês).

A Organização das Nações Unidas (ONU) também fala em mais de 18 mil civis (não militares) que perderam a vida e ressalta que os números reais devem ser bem mais altos. Além disso, mais de 13 milhões de ucranianos tiverem que deixar a casa em que viviam e boa parte procurou refúgio em países vizinhos. A nação atacada ainda atravessa uma grave crise econômica.

De acordo com Vicente Ferraro, cientista político e pesquisador do Laboratório de Estudos da Ásia, da Universidade de São Paulo (USP), após um ano é possível afirmar que os motivos apontados pela Rússia para a invasão não são verdadeiros.

Segundo Ferraro, se Vladimir Putin, presidente russo, pretendia afastar as tropas da Otan da região, o conflito fez o oposto, aproximando-as (por meio, por exemplo, da colaboração de outros países com a Ucrânia). Agora, Putin mantém o desejo por aumentar o território russo.

Questionado sobre o fim da guerra, Ferraro acredita ainda ser algo incerto: “As exigências de ambos os lados só podem ser alcançadas com a derrota total de um ou de outro. Logo, se as condições atuais forem mantidas, a guerra poderá se estender por muito tempo.

Fontes: BBC, G1 e UOL.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 200 do jornal Joca.

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