A emissora de TV ESPN revelou que o time do Grêmio, que disputa a final da Copa Libertadores contra o Lanús, da Argentina, usou um drone, aeronave remotamente pilotada, para espionar o adversário.

Suposto espião posicionando o drone | Reprodução ESPN

De acordo com a matéria, um homem foi contratado pelo clube gaúcho para filmar e fotografar o treino do adversário desta quarta-feira, 22 de novembro. Ainda segundo a matéria, o método de espionagem não ficou restrito ao rival argentino e também foi usado contra outros times que cruzaram o caminho da equipe na Libertadores, na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro.

A reportagem seguiu o espião por cinco meses, até que conseguiu, na semana passada, flagrá-lo nos arredores do CT do Lanús colocando um equipamento para sobrevoar o local onde o time argentino realizava um treino fechado.

Ao ser abordado pela reportagem, o suspeito negou estar a serviço do Grêmio e disse que era fotógrafo.

Técnico do Grêmio, Renato Gaúcho | Divulgação Grêmio

Após a divulgação da matéria, a diretoria do Grêmio negou qualquer vínculo com o espião. Já o técnico Renato Gaúcho não negou o uso do drone, mas admitiu que espionar é uma prática comum no mundo do futebol. “O mundo é dos espertos”, disse o treinador. “Todo clube brasileiro tem um espião. A seleção brasileira tem um espião. Isso não foi inventado agora”, reforçou.

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) não se pronunciou sobre o assunto. O regulamento da Libertadores prevê punição para práticas consideradas antidesportivas, mas não há nenhuma cláusula específica sobre o uso de drones.

Drone causa problema em aeroporto de SP

O aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital de São Paulo, teve todos os pousos e decolagens suspensos entre 20h16 e 22h25 do dia 12 de novembro devido à presença de um drone que sobrevoou a pista do aeroporto.

Durante duas horas o local ficou fechado e ao menos 34 voos sofreram atrasos. O incidente também causou atraso no horário de fechamento do aeroporto. A Polícia Militar procurou, mas ainda não encontrou o piloto que controlava o drone.

Drones não são novidade no espaço aéreo mundial. A Argentina e os Estados Unidos também já enfrentaram problemas semelhantes. Em terras norte-americanas, os pilotos chegam a reportar 100 casos por mês, e na Inglaterra foram cerca de 81 relatos só este ano, segunda reportagem exibida pela TV Globo.

Alguns locais estão desenvolvendo formas para evitar esses casos, como redes que impedem o voo e até aves de rapina que capturam drones ilegais.

No Brasil, existem regras para usar esse tipo de equipamento. Quem não obedecê-las, pode responder por processo penal e ter de pagar multa.

Quem tem drone de até 25 quilos precisa fazer um cadastro pela internet. A recomendação é voar de dia e é proibido sobrevoar presídios e estações de energia. Eles precisam manter distância de prédios e, para sobrevoar pessoas, precisam de autorização de cada uma delas.

Também não é permitido voar próximo a aeroportos e rota de aviões. A pena para quem utiliza esses equipamentos perto de aeroportos é de dois a cinco anos de prisão.

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