Pessoas tinham sido presas em protestos contra um golpe de Estado no país
Mais de 5 mil pessoas que estavam presas por protestar contra o golpe de Estado dado pelas Forças Armadas em Mianmar, em fevereiro, foram libertadas entre 18 e 19 de outubro, segundo a imprensa local.
No dia 18, o general Min Aung Hlaing, chefe da junta militar que governa o país, havia anunciado que 5.636 prisioneiros seriam soltos antes do Thadingyut, nome do festival das luzes que começou no dia 19. Para isso, eles teriam que assinar um documento se comprometendo a não cometer nenhum ato de violência contra o país, acrescentou Hlaing.
Mianmar passa por uma crise política desde o golpe de Estado que derrubou o governo civil. Mais de mil pessoas morreram e outras 8 mil foram detidas por se posicionar contra o governo militar, segundo dados da Associação de Assistência aos Presos Políticos (AAPP). De acordo com a organização local, atualmente, mais de 7 mil pessoas seguem presas por razões políticas.
O que houve em Mianmar?
No dia 1º de fevereiro, militares prenderam o então presidente do país, Win Myint, a líder e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi e outros integrantes do partido Liga Nacional Pela Democracia (NLD), que comandava Mianmar após vencer as eleições, em 2020.
Os militares dizem que a vitória do NLD contra o Partido da Solidariedade e Desenvolvimento da União (USDP), apoiado pelo Exército, foi fraudada. O NLD nega as acusações. O país está em estado de emergência, imposto pelas Forças Armadas por um ano, período no qual o comandante do Exército, Min Aung Hlaing, ficará à frente de Mianmar. Há a promessa de que, após esse tempo, uma votação “livre e justa” seja organizada.
Fontes: CNN e G1.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 179 do jornal Joca
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