Medida pode ser implantada em 2025
O governo brasileiro anunciou no dia 16 de outubro que não irá retomar o horário de verão (medida que adianta os relógios em uma hora durante os meses de primavera e verão) em 2024.
O principal objetivo do horário de verão é economizar energia (no calor o gasto energético é muito mais alto), uma vez que a luz do dia dura por mais tempo. A medida foi suspensa em 2019, mas as fortes secas que assolam o país fizeram com que o debate retornasse.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que o quadro atual de gasto de energia do país consegue ser controlado sem a volta do horário de verão e a possível diminuição de gastos que a ação traria. “Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação para esse período, para este verão”, declarou ele. Contudo, a medida ainda pode ser implantada em 2025.
O horário de verão foi adotado em território nacional pela primeira vez em 1931 e, em 1985, tornou-se uma regra anual sob decreto. Por fim, em 2008, foi instituído como legislação permanente. Em 2019, o governo vigente retirou a imposição do recurso sob a justificativa de que os hábitos de consumo de energia dos brasileiros haviam mudado, por isso a ação não era mais necessária.
O país enfrenta uma forte onda de seca, com reservatórios de água e rios marcando recordes de níveis baixos. No cenário atual, qualquer economia de energia, mesmo que pequena, é válida e necessária. Defensores alegam que a medida pode adequar a conta de luz a um preço justo de consumo, além de impactar positivamente setores da economia e turismo.
Pesquisadores de instituições como Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Fiocruz, que assinaram um documento contra a volta do horário de verão, baseiam-se em um estudo brasileiro de 2017, compartilhado na revista científica Annals of Human Biology. Segundo eles, a mudança do adiantamento de uma hora influencia diretamente fatores biológicos do corpo humano, como regulação do sono, apetite e até mesmo funções cardiorrespiratórias — isso porque a intensidade da luz em diferentes horários do dia afeta o ritmo biológico natural de cada ser vivo. De acordo com o estudo apontado pelos cientistas, mais de 50% da população relata algum desconforto com a medida.
Fontes: Gov.br, G1, Annals Of Human Biology, Superinteressante, BBC, Folha de S.Paulo e Agência GOV.
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Nós, alunos do 3° ano da EMEF Firmino Leandro. Apreciamos a reportagem sobre o horário de verão e gostaríamos de ver mais matérias relacionadas a esses temas.
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