Aos 17 anos, o atleta Robson Morais, mais conhecido como Varejão, teve o primeiro contato com o rúgbi, na escola onde estudava. O esporte, que vem ficando cada vez mais conhecido no país, despertou uma paixão no jovem, que decidiu procurar um local em que pudesse treinar perto de casa.

Foi assim que ele conheceu a Organização Não Governamental (ONG) Rugby Para Todos, que nasceu em 2004 e, desde então, busca introduzir gratuitamente o esporte para crianças e jovens de comunidades.

Além de apresentá-los à modalidade, o instituto acredita que o rúgbi desenvolve as competências individuais e sociais dos atletas, ajudando a formá-los como cidadãos em diversas áreas da vida.

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#pracegover: foto do atleta Robson Morais levantando a taça de campeão. Ele está em um campo com gramado verde e veste uniforme branco com detalhes em azul. Crédito de imagem: VALTER SUGARAVA

Em entrevista ao repórter mirim Gabriel dos S., 13 anos, estudante da Emef Professora Maria Aparecida Vilasboas, na cidade de São Paulo (SP), Varejão, que hoje é atleta da seleção brasileira de rúgbi, conta sua trajetória no esporte e dá conselhos para quem quer conhecer mais sobre a modalidade. Afinal, para ele, o rúgbi “foi amor à primeira vista”.

Por que e onde você começou a jogar rúgbi?
Eu comecei a jogar em um projeto chamado ALMA Rugby, que ficava na minha antiga escola, o Colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo (SP). É uma iniciativa que busca apresentar o rúgbi e criar um vínculo com uma turma de bolsistas. Depois disso, foi amor à primeira vista. Assim que eu conheci o esporte, corri atrás e busquei o rúgbi em uma ONG perto da minha casa.

Atualmente, em qual time você joga?
Eu jogo pelo Pasteur Athlétique Club, que tem um vínculo muito forte com o colégio Liceu Pasteur, em São Paulo. Por ser um clube francês, a gente usa as cores da bandeira da França. Atualmente, também sou atleta da seleção brasileira de rúgbi e já participei dela em alguns momentos antes, até a seleção sub-20 [para jogadores com menos de 20 anos].

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#pracegover: Gabriel usa camiseta branca com estampa preta. Ele está na frente de uma parede bege. Foto: arquivo pessoal

Com quantos anos você conheceu o esporte?
Eu comecei a jogar rúgbi quando eu tinha 17 anos.

Você vive do esporte?
Hoje eu vivo do esporte. Além de atleta da seleção brasileira, sou treinador da categoria de base no Pasteur Athlétique Club, então cuido das atividades na categoria M20 [atletas que fazem 20 anos em 2022] e na sub-17 [para jogadores com menos de 17 anos]. Também sou treinador na Rugby Para Todos — até o mês passado, eu estava como auxiliar na categoria principal e dava treinos para a categoria infantil, para quem tem menos de 10 anos.

Você já jogou em outro país? Como foi a sua experiência?
Já joguei no Chile, no Uruguai, no Paraguai e na África do Sul. As experiências sempre foram muito boas, competi com as seleções, seja pelo sub-20 ou pela principal — esta última, na África do Sul. Em todas as viagens pude desfrutar muito do campo, das amizades e das histórias. Com certeza são momentos que vou levar para a vida inteira.

O rúgbi é um esporte também para mulheres?
Certamente. A gente vê, principalmente aqui no Brasil, que a seleção feminina se destaca muito no cenário da América e está ganhando visibilidade no panorama mundial. Somos muito bem representados pela nossa seleção, que se chama Yaras. E não é só com elas, no mundo inteiro o rúgbi feminino está ganhando muito destaque. Elas merecem todo esse reconhecimento e muito mais. Nós, como esportistas, temos que incentivar e apoiar muito a prática do rúgbi feminino.

Na nossa escola, teremos o Projeto Rugby. Você pode deixar um recado para a turma que vai participar dessa iniciativa?
Eu sou suspeito para falar, porque sou uma pessoa que ama demais esse esporte. Mas acredito que o rúgbi pode impactar e mudar a vida de muita gente — não só de quem o pratica, como também de quem está ao redor, porque é o tipo de esporte que melhora muito a pessoa que nós somos. Fora isso, também acho que esse esporte traz muitas aventuras, desafios, autoconhecimento, histórias, amizades e momentos que levamos para a vida inteira. Então aproveitem e desfrutem muito do esporte, porque, com certeza, vai marcar a vida de vocês e vai agregar demais.

Como o rúgbi funciona?
Nesse esporte, os jogadores são divididos em duas equipes de 15 atletas cada. Para marcar pontos, eles precisam passar, carregar ou chutar a bola até o fim do campo adversário, área chamada de end zone (zona final, em tradução livre). A partida tem dois tempos, cada um com 40 minutos, e vence o time que tiver a maior pontuação ao fim do jogo.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 183 do jornal Joca.

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