Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou a proposta no dia 28 de janeiro
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, no dia 28 de janeiro, um plano de paz para resolver os conflitos entre israelenses e palestinos, povos que disputam territórios há mais de 70 anos.
O documento, que levou três anos para ser feito, tem 181 páginas e apresenta diversas ações a serem adotadas (saiba mais abaixo). “O plano é uma oportunidade para os dois lados ganharem”, disse Trump.
A proposta foi apoiada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mas rejeitada pelas autoridades palestinas.
Polêmica
Para as autoridades palestinas, o documento não é justo, já que, segundo eles, traria mais benefícios para os israelenses do que para os palestinos. “Nós dizemos um milhão de vezes: não, não, não para o acordo do século”, afirmou Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, em discurso.
Como forma de protesto contra o plano, no dia 1º de fevereiro, Abbas anunciou o fim das relações com os EUA e Israel. Apesar de os palestinos não terem um bom relacionamento com israelenses e norte-americanos, eles trabalhavam juntos em algumas questões relacionadas à segurança (como no enfrentamento a grupos terroristas), o que poderia acabar agora. No entanto, de acordo com o jornal The Times of Israel, Abbas também anunciou que poderia voltar atrás nessa decisão.
Até o fechamento desta edição, representantes de EUA e Israel não tinham comentado o fim das relações.
O que diz o plano de paz?
Confira algumas das medidas presentes no documento
– A Palestina passaria a ser um Estado (entenda o que é um Estado em Coleção, na página 7).
– Assentamentos israelenses passariam a fazer parte do território de Israel oficialmente. São cidades ou vilarejos israelenses localizados em áreas que geram polêmica — os palestinos dizem que essas terras pertencem a eles e os israelenses afirmam que têm o direito de ocupá-las.
– O plano não obrigaria nenhum palestino ou israelense a sair do lugar onde mora atualmente.
– A maior parte da cidade de Jerusalém pertenceria aos israelenses. Os palestinos teriam o domínio de algumas áreas ao leste da cidade, considerada sagrada pelos dois povos (saiba mais em Coleção, na página 7).
Fontes: BBC, Casa Branca, Folha de S.Paulo, The Times of Israel, Nexo, The New York Times, Reuters, Telegraph e The Guardian.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 143 do jornal Joca
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