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No dia 12 junho, crianças brincam em parque de Imperial, cidade na Califórnia, onde as temperaturas passaram dos 46ºC. / #pracegover: crianças brincando em praça com fonte de água. Crédito de imagem: SANDY HUFFAKER/GETTY IMAGES

Uma intensa onda de calor atingiu os Estados Unidos em junho, com recordes de temperaturas a partir do dia 11. O forte calor também chegou à Europa na segunda metade do mês. Nos EUA, o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) emitiu alertas para quase um terço da população do país (ou seja, cerca de 100 milhões de pessoas), com destaque para cidades do sudeste e centro-oeste. Na Europa, a Espanha enfrenta incêndios florestais e, na França, uma região com termômetros marcando em torno de 40 graus Celsius (°C) proibiu eventos ao ar livre.

De acordo com o NWS dos EUA, Phoenix, no Arizona, chegou aos 46°C, atingindo o recorde anterior registrado na cidade, de 1918. Já no Vale da Morte, deserto localizado na Califórnia, fez 50°C.

A onda de calor foi considerada precipitada, por chegar dias antes do início oficial do verão no hemisfério norte, em 21 de junho. Em alguns estados norte-americanos, como no Arizona, as autoridades recomendaram que os moradores não saíssem de casa.

“O calor é um dos principais riscos de vida relacionados ao clima nos EUA, resultando em centenas de fatalidades anualmente”, disse o NSW em seu portal.

Causas
De acordo com o meteorologista Dan Pydynowski, em entrevista ao jornal USA Today, um dos principais motivos para a onda de calor é o efeito meteorológico conhecido como heat dome (algo como cúpula de calor, em tradução livre).

O fenômeno acontece quando condições de alta pressão atmosférica impedem que o ar quente de determinada área suba, formando uma espécie de bolha térmica. Isso faz com que as ondas de calor permaneçam dentro dessa bolha.

Além disso, a temperatura é intensificada em regiões urbanas e áreas desmatadas pelo efeito das ilhas de calor. Segundo André Ferretti, gerente de economia da biodiversidade da Fundação Grupo Boticário e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, isso ocorre porque o concreto e demais materiais urbanos têm alta capacidade de reter a temperatura.

As mudanças climáticas, que reforçam fenômenos como esse, também devem ser consideradas. “Há um aumento na duração e intensidade das ondas de calor no mundo todo em virtude do aquecimento global. Décadas atrás, essas ondas duravam de três a cinco dias. Hoje, a gente vê que elas têm durado mais”, diz André.

“É fundamental que se- jam investidos esforços e recursos em adaptação às mudanças climáticas”, complementa ele. “Quais são as áreas mais vulneráveis [aos eventos climáticos]? A partir daí, conseguimos traçar estratégias que ajudem a conservar áreas naturais e recuperar ecossistemas degradados”, conclui ele.

Fontes: CNN, G1, MetSul, The New York Times, USA Today

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 190 do jornal Joca.

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Comentários (1)

  • Tiago Medeiros de Azevedo aluno.tiagomedeiros@colegiomagister.com.br

    1 ano atrás

    Nossa!, Agora deu vontade de tomar sorvete né? Então os Estados Unidos e a Europa ficaram quentes, bem quentes e até marcaram recordes de 50° C! Aluno do Colégio Magister, Tiago 4ºb

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