Um grupo com aproximadamente 100 estudantes viajou de Parkland, sul da Flórida, para a capital do estado, Tallahassee, a fim de reivindicar mudanças nas leis que restringem a venda de armas de fogo nos Estados Unidos.

Alunos lamentam mortes no dia do massacre em Parkland.

Os estudantes são alunos da escola Marjory Stoneman Douglas, local do tiroteio que resultou na morte de 17 pessoas na semana passada.

Estão previstos vários protestos na capital da Flórida. Segundo Sofie Whitney, uma das alunas que vai participar das manifestações, “estamos lutando pelos amigos que perdemos. Estamos lutando pelas crianças que vamos ter no futuro. É por isso que estamos marchando”, declarou ao site da CNN.

Usando a hashtag #NeverAgain, os alunos tentam pressionar a Assembleia Legislativa a mudar as leis que permitem a venda de armas. Hoje, a posse de armas é garantida pela Segunda Emenda da Constituição, de 1791.

De maneira geral, qualquer cidadão americano sem histórico de crimes pode obter desde pistolas a fuzis em supermercados, lojas físicas e gun shows, feiras em que empresas e indivíduos compram e vendem armas livremente.

Após a morte dos alunos no dia 14 de fevereiro, os estudantes de Parkland denunciaram os políticos que recebem apoio econômico da Associação Nacional do Rifle (NRA, sigla em inglês) e outros grupos pró-armas dos Estados Unidos.

A movimentação já surte alguns efeitos, e o senador Bill Galvano, do partido republicano – associação que é contra impor limites à venda de armas – prepara um pacote de leis que deve elevar a idade para poder adquiri-las para 21 anos.

O autor do massacre em Parkland, Nikolas Cruz, de apenas 19 anos, comprou legalmente o fuzil. Ele está preso e foi acusado de 17 assassinatos premeditados.

Famosos apoiam manifestos
Além dos protestos em Tallahassee, os estudantes planejam outra manifestação para o dia 24 de março. O evento recebeu o nome de Marcha por Nossas Vidas e conta com o apoio de artistas, como Justin Bieber e Lady Gaga.

O ator George Clooney e sua esposa disseram que irão doar 500 mil dólares à marcha e que participarão do evento ao lado dos alunos.

Uma pesquisa realizada pelo jornal The Washington Post e a emissora de TV ABC indicou que 6 em cada 10 americanos consideram que nem o presidente Donald Trump nem o Congresso americano agem com firmeza para prevenir tiroteios como o que ocorreu na escola Marjory Stoneman Douglas.

Ainda de acordo com a pesquisa, 62% dos entrevistados acham que o líder norte-americano não está tomando as medidas corretas após o tiroteio. Porém, a maioria dos americanos (58%) acredita que a causa desse tipo de massacre é a incapacidade para identificar e tratar doentes mentais, enquanto 28% creem que as leis frágeis de acesso às armas são as responsáveis.

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Comentários (2)

  • Paula Takada

    6 anos atrás

    Comentário dos alunos do 7º ano do Colégio Stockler: Em vez de armar os professores, as escolas norte-americanas deveriam contratar seguranças armados que são especialistas e sabem lidar com esse problema. Além disso, as armas que são vendidas em mercados e lojas deveriam ser compradas apenas por policiais e militares. E a entrada de pessoas nas escolas deveria ter um controle mais rigoroso.

  • Joca

    6 anos atrás

    Olá, pessoal! Obrigado por participarem do Joca!

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