O escritor Gilles Eduar é o autor de dois livros que falam sobre o Brasil. Na obra Brasil 100 Palavras, ele mostra, utilizando diversas ilustrações coloridas, os principais animais e plantas de cada bioma brasileiro.

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Já o livro Brasil De Fio A Pavio conta a história de um jacaré, uma arara e uma capivara que fazem uma viagem pelo Brasil. Nessa jornada, eles conhecem diversos aspectos culturais de cada estado, como a arquitetura colonial de Minas Gerais e as festas folclóricas de Goiás.

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Em entrevista ao Joca, Gilles falou um pouco sobre seus livros e sobre a carreira de autor. Confira:

No Brasil 100 Palavras, você fala sobre a fauna e a flora brasileiras, e no Brasil De Fio a Pavio, há várias referências a aspectos culturais do nosso país. Por que você decidiu falar sobre Brasil?

O Brasil é um país muito grande, rico e bonito. Eu comecei pelo livro Brasil De Fio a Pavio, que é um livro que trata de cada estado do Brasil. Conforme a minha pesquisa foi avançando, eu percebi que o que também me tocava profundamente era o aspecto geográfico e resolvi fazer o Brasil 100 Palavras, que fala sobre biomas. Como o Brasil é um país muito grande, ele tem biomas muito diversificados. O Amazonas é uma região completamente diferente dos pampas, por exemplo. São poucos os países que têm essa diversidade. Ao mesmo tempo, para o Brasil de Fio a Pavio, fiz uma pesquisa cultural muito rica. Cada estado tem uma cultura dentro do seu território.

Por que você decidiu escrever livros para jovens?

Acho que a criança traz uma curiosidade. Eu me relaciono bem com as crianças, de uma forma geral. É um público que é muito aberto, não tem preconceitos. Além disso, nas livrarias de São Paulo, eu não encontrei praticamente nada que falasse sobre Brasil e fosse voltado para crianças. Então, resolvi escrever sobre.

Por que você acha que existem poucos livros sobre o Brasil para jovens?

Eu não sei por que não tem, era para ter. Eu fiquei até espantado de ver. Para mim, foi muito estimulante fazer esses livros porque eu tinha a certeza que iam ser livros que fariam a diferença. Quando você fala das riquezas de cada região, você está falando da diversidade em todos os sentidos – de cultura, de fauna, de flora, de arquitetura, de atividades humanas…Você consegue que mostrar que cada região tem as suas características.

Como você faz as ilustrações? Você usa alguma técnica específica?

Eu sempre desenhei, sou formado em arquitetura. Desenhar, para mim, é uma coisa natural. Quando eu comecei, não existiam escolas de ilustrações. Agora, no Brasil, já existem algumas. Existe uma diferença entre escrever livros de histórias e livros de informações. Quando eu comecei a escrever livros de informações, percebi que as imagens, nesses tipos de livros, tinham que ser parecidas com a realidade. Ao olhar para uma coisa e tentar desenhá-la do jeito que ela é, o meu desenho melhorou muito. Eu consegui retratar a realidade de um jeito um pouco melhor.

O que você gostaria que o público levasse da leitura dos seus livros?

Eu gostaria que elas levassem os livros para todos os lugares (risos). Eu ouço histórias de crianças que sempre lêem o livro e levam-no para todos os lugares. O maior presente é o interesse da criança pelo livro. A criança é um ser curioso e esses livros despertam a curiosidade.

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