Bandeira do Setembro Azul, ou Setembro Surdo. Foto: radio.ufpa.br/Senado Legislativo/divulgação

Em 26 de setembro, é celebrado o Dia Nacional dos Surdos. Além disso, o mês dessa data é conhecido como Setembro Azul ou Setembro Surdo. Para marcar a ocasião, colégios e instituições ao redor do país fazem atividades neste período. “É algo que já faz parte da cultura surda. É um mês de comemoração da luta do surdo durante toda a história”, explica o coordenador da Emebs Anne Sullivan, em São Paulo (SP), Luciano Silveira.

Ao mesmo tempo que a data serve para comemorar as conquistas, é uma forma de as pessoas surdas pensarem em como reivindicar novas conquistas. “Além das festas e do entretenimento, há a questão de refletir. No caso da nossa escola, por exemplo, teremos oficinas para abordar a questão das pessoas com deficiências múltiplas e transtornos”, disse Luciano. “Isso porque no colégio onde trabalho há alguns alunos com outros tipos de deficiências além de auditivas”, completou.

A Semana dos Surdos, que acontece em Escolas Municipais de Educação Bilíngue Para Surdos (Emebs) da cidade de São Paulo, também é celebrada em outros colégios. No Centro de Educação Unificada (CEU) Profa. Candida Dora Pino Pretini, em São Paulo, por exemplo, onde estudam alunos surdos e não surdos, os estudantes comemoraram a data. “Teve festa com bolo, cinema com pipoca e teatro”, afirma Luan M., 8 anos. Isabelle Vitória dos S., também de 8 anos, complementa: “A comemoração do Dia do Surdo teve [também] brincadeiras e live com palhaço para crianças da manhã e da tarde”.

No caso da escola do diretor Luciano, o evento ocorreu de 12 a 16 de setembro. “De segunda a sexta, fizemos atividades com os alunos da escola, chamando convidados [para oficinas, por exemplo]”, explica. Nesses dias, os estudantes tiveram a oportunidade de preparar apresentações de teatro para os colegas e realizar atividades diferentes das que costumam ter no dia a dia, como oficinas ligadas à arte e palestras sobre temas diversos. 

A estudante Taylane da S., do 8º ano, conta que já tinha participado de outras Semanas dos Surdos e que a experiência sempre foi muito positiva. “Eu gostei das palestras, histórias de vida e superação contada por outros surdos, das visitas pedagógicas e brincadeiras. Eu amei tudo”, afirma.

Para o aluno Rafael da S., do 9º ano, o Setembro Azul é muito necessário. “A Semana do Surdo é importante para unir famílias e surdos. E é fundamental para lembrar da nossa história”, defende.

Atividades de conscientização

“Já no sábado, tivemos um evento aberto a todos: amigos de surdos, familiares, comunidade, pessoas que não têm nenhum tipo de ligação com a comunidade surda…”, diz o coordenador. Nesse caso, quem não ´é surdo participa para poder se conscientizar em relação ao tema.

Por isso, tanto a Taylane como o Rafael convidaram conhecidos para prestigiar o evento. “Eu convidei meus amigos e expliquei que era legal e importante”, diz a estudante.

Isso porque o último dia do evento teve como propósito a divulgação do que é ser surdo e, ao mesmo tempo, dar uma oportunidade aos surdos de se socializar. “Sempre vem muito ex-aluno surdo e surdos que nunca estudaram na nossa escola. Então tem esse fator de servir para que os surdos possam se conhecer e se unir”, comenta Luciano.

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Comentários (1)

  • aluno.somar20

    2 anos atrás

    legal

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