Deslizamento em Petrópolis, em fevereiro de 2022. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, foi atingida por fortes chuvas em 16 de fevereiro. O temporal inundou ruas, derrubou árvores, provocou mais de 250 deslizamentos de terra e afetou a estrutura de cerca de 80 casas. Até a publicação dessa matéria, 181 mortes tinham sido confirmadas e cerca de 110 pessoas estavam desaparecidas. 

A seguir, entenda os motivos para as inundações terem acontecido de forma tão grave:

A partir de imagens de satélite, o governo mapeou as áreas afetadas pelas chuvas. Foto: MDR/divulgação
  1. Alto volume de chuvas

No dia 16, o volume de água das chuvas foi maior do que a média para todo o mês de fevereiro. Só nas primeiras seis horas do temporal foram registrados 259,8 milímetros de água – a média para o mês inteiro é de 185 milímetros.

  1. A presença de muitas inclinações 

Petrópolis é uma cidade de declives (ou seja, subidas e descidas). Por isso, quando chove, a água desce com muita força, destruindo casas e construções pelo caminho.  

  1. A falta de galerias pluviais e esgotos

Em Petrópolis, as galerias pluviais (que servem para escoar e transportar as águas das chuvas, não deixando que se acumulem) não existem em quantidade suficiente para evitar inundações quando chove muito.  O mesmo acontece com os esgotos. Além disso, muitas galerias e esgotos da região estavam entupidos, de modo que não estavam fazendo seu trabalho.

  1. Construções desordenadas

Por lá, existem muitas casas construídas em pequenos terrenos, de forma irregular. Isso quer dizer que elas não possuem autorização nem foram fiscalizadas para existir de forma segura. Assim, muitos imóveis de lá foram feitos de maneira instável – em 2017, um estudo da Defesa Civil confirmou que existem cerca de 15 mil imóveis em áreas de risco de destruição em Petrópolis, colocando em perigo até 47 mil pessoas. 

  1. Desmatamento para as construções

Parte das propriedades irregulares foram feitas em áreas que deveriam ser de preservação, mas sofreram com o desmatamento. Muitas construções são erguidas de modo clandestino no meio da mata que deveria ser preservada e, assim, não seguem as recomendações de segurança. 

  1. Mudanças climáticas

Chuvas são comuns no verão brasileiro. Porém, em decorrência das mudanças climáticas, a frequência e intensidade das precipitações estão aumentando e ficando mais difíceis de prever.

7. Frente fria

Uma frente fria que estava passando pelo litoral do Rio de Janeiro acabou se juntando à umidade da floresta amazônica. O problema foi que toda essa umidade acabou ficando presa na região de Petrópolis, já que lá tem muitas montanhas. Quando entrou em contato com o ar quente e úmido da região, um aglomerado de nuvens foi se formando e, mais tarde, quando uma onda de ar frio chegou da direção do oceano, isso resultou no temporal do dia 16.

Fontes: BBC, CNN Brasil, Folha de S.Paulo, Prefeitura de Petrópolis e UOL.

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Comentários (2)

  • aluno.somar9

    2 anos atrás

    eu sou linda :0 ,agente pode aprende mts coisas com o jorla ,ele fala mts coisas sobre o mundo ;obrigada por ler

  • aluno.somar9

    2 anos atrás

    muitas coisas acontece , com nosso mundo ,tipo raios ,alagamento ,chuvas fortes , tem pessoas pedindo socorro ,tem alguns momentos que agente n pode ajuda ,ms tem pessoa no mundo que e um heroi ms n usa capa

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