Pelo menos dez cidades do Acre foram atingidas pelos alagamentos no estado. Foto: Marcos Vicentti/Agência de Notícias do Acre

Em 15 de fevereiro, o governo do Acre decretou situação de emergência no estado. A região está passando por enchentes graves, surtos de dengue e covid-19 e uma crise na fronteira com o Peru. 

Um estado decreta situação de emergência quando está enfrentando acontecimentos anormais provocados por desastres. Nesses casos, o poder público local pode pedir ajuda financeira ou reforço policial. 

Saiba o que está acontecendo no Acre:

Enchentes

Assim como outros estados do Norte, a região está atravessando um período conhecido como “Inverno Amazônico”, que geralmente ocorre de dezembro a maio, quando há muitas chuvas e, por isso, o clima fica menos quente – daí o nome. Essas chuvas estão causando enchentes, que ocorrem desde a semana do dia 16 de fevereiro e já são consideradas uma das situações mais graves da história do Acre. 

Até a publicação desta reportagem, ao menos dez cidades tinham sofrido impactos das enchentes: Cruzeiro do Sul, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Porto Walter, Rio Branco, Rodrigues Alves, Santa Rosa dos Purus, Sena Madureira e Tarauacá. 

Na capital, Rio Branco, o rio Acre atingiu dois metros acima do nível de transbordamento em 17 de fevereiro (ou seja, as chuvas fizeram com que o rio enchesse mais do que deveria e transbordasse). O desastre atingiu pelo menos dez bairros e deixou 93 pessoas desabrigadas. Ao redor do estado, outros quatro rios também já transbordaram.

Para evitar que os alagamentos causem acidentes com a energia elétrica, a distribuidora de energia Grupo Energisa suspendeu o fornecimento de eletricidade para mais de 10 mil clientes em quatro cidades: Cruzeiro do Sul, Rio Branco, Sena Madureira e Tarauacá.

Covid-19

O Acre também está passando por um aumento no número de casos da covid-19. De acordo com dados divulgados pela Defesa Civil em 22 de fevereiro, os leitos nas enfermarias estão com ocupação de mais de 70%, enquanto os das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva, parte do hospital onde ficam os pacientes com casos mais graves) estão com ao menos 90% de ocupação. 

Por isso, o estado voltou a decretar Nível de Emergência (ou Bandeira Vermelha) para todas as cidades em 22 de fevereiro. Com a definição, apenas alguns tipos de serviços considerados essenciais podem funcionar, como hospitais, clínicas médicas, psicológicas, odontológicas e veterinárias, supermercados, hotéis e bancos.  

Dengue

Além da superlotação dos hospitais causada pela pandemia do novo coronavírus, o estado enfrenta surto de dengue. De acordo com dados da Agência de Notícias do governo do Acre, divulgados em 16 de fevereiro, oito em cada dez atendimentos realizados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital, Rio Branco, são relacionados à doença. A estimativa é de que só nessa cidade existam 8,6 mil casos de suspeita de dengue. 

Crise na fronteira

Por causa do fechamento das fronteiras, decretado para conter a pandemia do novo coronavírus, mais de 400 imigrantes – de acordo com a estimativa do governo do Acre – estão acampados na fronteira do Brasil com o Peru (a fronteira entre os dois países fica no Acre) desde 13 de fevereiro. Os imigrantes pedem que a fronteira seja aberta para que eles possam atravessá-la e voltar para o país de origem. 

De acordo com informações do governo do estado, o governador do Acre, Gladson Cameli, comprometeu-se a realizar testes da covid-19 nos imigrantes para que pessoas que não têm a doença possam atravessar a fronteira, que está fechada há quase um ano. 

Fontes: Agência de Notícias do governo do Acre, Agência de Notícias do governo do Acre, CNN Brasil, Defesa Civil do Acre, Estado de S. Paulo, Gazeta do Povo, G1 e Portal Amazônia.

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