Em 21 de setembro, Dia da Árvore, indígenas entregaram um jatobá à embaixada da Noruega, em Brasília (DF). Eles pediram que o país europeu recebesse a árvore como “refugiada”, ou seja, forçada a deixar seu lugar de origem por motivos de guerra, violência ou perseguição. A atitude foi um protesto contra a destruição da floresta amazônica.

A ação foi executa pela Associação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e pelo Grupo de Trabalho Infraestrutura e Justiça Sociambiental (GT Infra), que transportaram o jatobá de mais de 6 metros de altura da região amazônica à capital do Brasil.

A árvore foi entregue pela coordenadora da Apib, Sônia Guajajara, que leu aos diplomatas noruegueses uma carta solicitando socorro à floresta. “Esse pedido é um clamor pela vida de todas as espécies ameaçadas por uma visão corrompida e ultrapassada de convívio com a natureza”, disse ela.

O pedido foi aceito pelo governo da Noruega, e a árvore será plantada na embaixada, considerada território norueguês no Brasil. As organizações justificaram a escolha pela nação por ela ser a primeira do mundo a se comprometer com o fim do desmatamento em seu território.

Para envolver a sociedade na ação, foi criado o site arvorerefugiada.com.br, em inglês, como uma petição (tipo de solicitação) internacional que estabelece cinco medidas de combate ao desmatamento, como proibição da retirada de árvores na região amazônica por cinco anos e endurecimento das penas aplicadas a crimes ambientais.

Raio x Jatobá
SIGNIFICADO: em tupi, jatobá quer dizer “árvore com frutos duros”.
TAMANHO: até 40 metros de altura e 1 metro de diâmetro.
BIOMAS ONDE É ENCONTRADO: Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal e Cerrado

Fontes: Folha de S.Paulo, GT Infra, Instagram Apib, site Árvore Refugiada e Terra.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 178 do jornal Joca.

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