Por Joanna Cataldo No Rio de Janeiro, pontos da Favela da Maré que antes acumulavam grande quantidade de lixo estão sendo transformados em praças e jardins por um grupo de garis. Ao todo, já foram criados cerca de dez jardins e duas pracinhas, que incluem brinquedos restaurados e itens feitos de resíduos descartados. Para realizar o trabalho, existente desde 2017, Valdenise
Por Joanna Cataldo
No Rio de Janeiro, pontos da Favela da Maré que antes acumulavam grande quantidade de lixo estão sendo transformados em praças e jardins por um grupo de garis. Ao todo, já foram criados cerca de dez jardins e duas pracinhas, que incluem brinquedos restaurados e itens feitos de resíduos descartados.
Para realizar o trabalho, existente desde 2017, Valdenise Ferreira e dois colegas procuram no lixo materiais que podem ser reaproveitados — caso de um escorregador restaurado pelo grupo e colocado em uma das pracinhas. “Achamos muitas coisas boas no lixo”, diz ela. “Se estiver amassado, desamassamos. Se precisar de solda, soldamos. Mas não deixamos jogados no lixo.”
Além disso, o grupo usa materiais descartados, como pneus, para novas ideias, como um canteiro para plantas que tem a cara dos personagens Minions, da série de filmes Meu Malvado Favorito.
Para a execução, o grupo recebe doações de plantas e materiais e, em algumas ocasiões, utiliza dinheiro do próprio bolso para adquirir itens necessários para o serviço. A recompensa vem com os elogios dos moradores e as transformações que a ação tem provocado na comunidade. Segundo Valdenise, em uma das pracinhas a violência diminuiu e as pessoas pararam de jogar lixo. “Temos que conscientizar sobre os problemas ambientais e as doenças que o lixo descartado de forma irregular podem causar”, diz. “Quero mostrar que podemos reutilizar muitos materiais.”
O que eu penso sobre…
“Incentivar a coleta de lixo e reciclagem é algo que todos deveriam fazer. A matéria mostra que é possível a todos fazer isso, independentemente das condições financeiras”, Lucas B., 15 anos, editor mirim da edição
Saiba mais no site do Joca: jornaljoca.com.br
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 134 do jornal Joca.
RECICLAGEM
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