Arte: Milena Branco

Antes de mais nada, precisamos saber que existe uma diferença entre as palavras “espécie” e “raça”.

A definição de espécie é científica: cada ser vivo é classificado de uma forma e recebe um nome científico que, geralmente, é dito em latim ou grego. Nós, humanos, por exemplo, somos da espécie Homo sapiens, enquanto os cães são da Canis lupus familiaris.

Já as raças são criadas e definidas pelas pessoas comuns (ou seja, não é a ciência que determina o nome de cada uma delas). Se olharmos para os animais domésticos, veremos que é possível existirem diversas raças dentro de uma mesma espécie. Isso acontece com os gatos, por exemplo, que são definidos como espécie Felis silvestris catus, mas possuem várias raças, como angorá, persa e siamês. Ao mesmo tempo, os cães, como vimos, fazem parte da espécie Canis lupus familiaris, mas podem pertencer a diversas raças, como pastor-alemão, poodle, dálmata e muitas outras.

No caso dos cachorros, os padrões de cada linhagem são definidos por associações e clubes dedicados à criação desses animais. Nesse sentido, cada país tem as raças próprias, isto é, que surgiram no seu território e foram reconhecidas por instituições caninas ao redor do mundo. O fila-brasileiro e o terrier-brasileiro, mais conhecido como fox paulistinha, são exemplos de tipos criados no Brasil.

Para que surja uma nova linhagem de cachorros, é preciso que cães de raças diferentes tenham filhotes juntos. Levando isso em consideração, os criadores escolhem uma fêmea e um macho de raças que tenham características específicas, como pelo longo ou curto, tamanho pequeno ou grande, cores (preto, marrom, branco…), entre outros. Após o cruzamento, são gerados filhotes, que podem nascer com aspectos herdados dos pais.

Esses cachorros, por sua vez, se tornarão adultos um dia e terão filhotes. A partir daí, caberá aos humanos verificar se os padrões de aparência dos seus descendentes conseguiram se fixar nas novas gerações, ou seja, se os mais jovens possuem as mesmas características que os pais (gerados a partir de um cruzamento de linhagens). Quando isso acontece, podemos dizer que surgiu uma nova raça.

Esse processo, no entanto, pode demorar muitos anos para acontecer. Além disso, às vezes, a nova raça não é aceita e reconhecida em associações e clubes internacionais de criadores de cães. Isso pode acontecer porque os responsáveis por essas instituições costumam prezar pelos padrões de cada raça, e animais com características distintas do “comum” podem não ser aceitos em torneios e exposições de cachorros.

O que são os vira-latas?

A mistura aleatória de raças produz filhotes sem padrões definidos. As pessoas, então, passam a se referir a esses animais como cães “sem raça definida” (SRD), conhecidos popularmente como “vira-latas”.

Pergunta enviada pelo leitor Marco Antônio G., 9 anos.

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Comentários (7)

  • Arthur de Sousa Miranda de Oliveira

    2 anos atrás

    gostei muito, muito interessante a notícia quando crescer vou tentar juntar raças.

  • Luisa B. Cavalcante

    2 anos atrás

    Wow amei essa reportagen Espero que façam mais reportagens assim #AMEI

  • aluno.daviparente@colegiomagister.com.br

    2 anos atrás

    muito interessante! eu gostei muito da notícia! espero que façam mais coisas assim, é super interessante!

  • aluno.arthurcalmon@colegiomagister.com.br

    2 anos atrás

    Achei a muito interessante essa noticia.

  • aluno.arthurcalmon@colegiomagister.com.br

    2 anos atrás

    Achei muito interessante essa noticia e o video.

  • Maria tereza

    2 anos atrás

    eu tbm!

  • Aluno Madre 7

    2 anos atrás

    Gostei muito dessa reportagem!

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