Maria Carolina Cristianini, editora-chefe do Joca

Hoje, 29 de outubro, comemoramos no Brasil o Dia Nacional do Livro. A data foi escolhida porque é a da fundação, em 1810, da primeira biblioteca do país, a Real Biblioteca, na cidade do Rio Janeiro – na época, capital do Brasil.

Para celebrar, decidi trazer não uma, e sim três dicas de leitura para você se animar ainda mais com o universo dos livros. Todas as obras são de autores brasileiros. Divirta-se e boa leitura!

O Dia em Que Meu Prédio Deu no Pé (Estevão Azevedo, Companhia das Letrinhas)
É isso mesmo que você leu no título: este livro fala sobre um tipo de rebelião feita pelos prédios do nosso país, que, um dia, resolvem ir embora. O assunto vira notícia, com equipes de reportagem acompanhando a fuga dos prédios, casas e outras construções pelas estradas. Mesmo quem decidia construir outro lugar para morar tinha que se conformar: quando as paredes se erguiam, elas logo tratavam de dar no pé! Não vou dar spoiler sobre por que tudo isso acontece, mas você já deve estar imaginando que tem a ver com a relação entre o ser humano e o local onde ele vive.

Os Invisíveis (Tino Freitas e Odilon Moraes, Companhia das Letrinhas)
Conta a história de um garoto com um poder especial. Não, não é a capacidade de ficar invisível, e sim de ver aqueles que ninguém enxerga – ao menos não de verdade, sabe? Pode ser pelas avenidas, como as pessoas em situação de rua, ou em uma praça, entre solitários sentados em bancos… São essas as pessoas que o personagem de Os Invisíveis realmente vê.

Corda Bamba (Lygia Bojunga, Casa Lygia Bojunga)
Este não é um livro novo – foi lançado pela primeira vez em 1979. Por isso, não estranhe algumas informações que ele traz, como a presença de animais em circos (algo permitido na época). Também não vou mentir: embora seja uma leitura deliciosa de ser feita, graças ao jeito incrível como a Lygia Bojunga escreve, a história não é fácil de acompanhar. Afinal, a jovem Maria, personagem principal, já passou por muitas coisas complicadas com sua família. Mas confie em mim: a forma como ela descobre esses acontecimentos tristes, e vai aprendendo a lidar com eles, vai segurar sua atenção até a última página.

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