Mariana D'Andreia levantou 173 kg. Foto: Takuma Matsushita/CPB

Mariana D’Andrea se tornou a primeira brasileira, entre homens e mulheres, a ganhar medalha de ouro no halterofilismo (levantamento de peso). A atleta, que faz parte da categoria até 73 kg, superou as rivais ao levantar um peso de 173 kg. A chinesa Lili Xu ficou com a prata e a francesa Souhad Ghazouani, com o bronze.

“Esperava muito por este momento. Não tem gratidão maior do que ganhar esta medalha após cinco anos de treinamento. Agradeço a todos pela torcida e oração. Quero deixar registrado aqui que, se você tem sonhos, corra atrás dos seus objetivos e os conquiste”, disse Mariana.

Confira os resultados dos medalhistas:

Ouro – Brasil – Mariana D’Andrea – 137 kg.

Prata – China – Lili Xu – 134 kg.

Bronze – França – Souhad Ghazouani – 132 kg.

Quem participa do halterofilismo paralímpico?

Atletas com deficiência nos membros inferiores (pernas), baixa estatura (altura baixa) e/ou paralisia cerebral.

Alana Maldonado se torna a primeira brasileira a conseguir medalha de ouro no judô

Alana venceu a final contra Ina Kaldan, da Geórgia. Foto: Mikihito Matsui/CPB

Outra que conquistou um feito histórico foi Alana Maldonado, do judô categoria até 79 kg da classe B2 (para atletas com grau moderado de deficiência visual — saiba mais abaixo). A esportista se tornou a primeira atleta brasileira a faturar um ouro na modalidade em Jogos Paralímpicos.

“Não caiu a ficha dessa imensidão. Queria fazer história, conquistar o primeiro ouro feminino do judô”, comemorou Alana. “Só tenho a agradecer a todos pela realização desse sonho.”

A vitória veio após vencer quatro lutas, incluindo a final contra Ina Kaldan, da Geórgia, que ficou com a prata.

Como funciona o judô paralímpico?

As regras são as mesmas do judô disputado na Olimpíada, com os atletas sendo divididos em categorias que variam de acordo com seu peso. A principal diferença é que, na Paralimpíada, os competidores são deficientes visuais com graus diferentes de complicações.

Assim, os representantes são colocados em classes, ou seja, grupos de competidores que têm o mesmo grau de deficiência visual. Essas classes são representadas pela letra “B” (que representa a palavra blind, em inglês, “cego”) e um número. Confira o que cada uma delas representa:

B1 – Grau alto de deficiência visual.

B2 – Grau moderado de deficiência visual – consegue enxergar vultos.

B3 – Grau moderado/baixo de deficiência visual – consegue distinguir imagens.

Carol Santiago vence e conquista primeiro ouro da natação feminina brasileira em quase 20 anos

Carol chegou em primeiro na final dos 50 metros livre da classe S13. Foto: Ale Cabral/CPB

Depois de passar 17 anos sem ganhar ouro em paralimpíadas, a natação brasileira feminina voltou a subir ao lugar mais alto do pódio com Carol Santiago. Nos 50 metros livre da classe S13 (para atletas com deficiência visual — saiba mais abaixo), a atleta fez a prova final em 26 segundos e 82 centésimos, chegando na frente da russa Anna Krivshina e da italiana Carlotta Gilli.

Com o feito, Carol não só subiu ao lugar mais alto do pódio como bateu o recorde paralímpico, de 26 segundos e 82 centésimos.

Embora pertença à classe S12, Carol competiu contra pessoas da S13, ou seja, atletas com grau mais leve de deficiência visual do que ela. Mesmo não enxergando tão bem quanto as adversárias, Carol conquistou a medalha de ouro.

Confira os resultados das medalhistas:

Ouro – Brasil – Carol Santiago – 26 segundos e 82 centésimos.

Prata – Rússia – Anna Krivshina – 27 segundos e 6 centésimos.

Bronze – Itália – Carlotta Gilli – 27 segundos e 7 centésimos.

Como funcionam as classes na natação paralímpica?

No evento, os nadadores são divididos em classes, sendo que cada uma corresponde a um tipo e grau de deficiência. Esse sistema foi criado com o objetivo de promover disputas justas — os esportistas competem contra atletas que têm características similares.

As classes funcionam da seguinte forma: S – a letra sempre aparece na frente do nome da categoria. “S” representa a palavra swimming, que, em inglês, significa “natação”.

Classes S1 a S10 – nas quais os atletas têm limitações físico-motoras, ou seja, algo que comprometa a movimentação da pessoa, como a falta de braços e pernas. Quanto menor o número da classe, maior a deficiência. Exemplos: Classe S1: grande comprometimento físico-motor; classe S10: comprometimento físico-motor leve.

Classes S11 a S13 – atletas com deficiência visual. Neste caso, quanto menor o número, maior o comprometimento visual do atleta, ou seja, maior a dificuldade para enxergar.

Classe S14 – atletas com deficiência intelectual (dificuldade para aprender e realizar atividades do cotidiano, entre outras).

Gabriel Araújo vence o ouro nos 200 metros livre da classe S2

Gabriel conquistou a sua segunda medalha na Paralimpíada de Tóquio. Foto: Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

Depois de faturar medalha de prata nos 100 metros costas da classe S2, Gabriel Araújo subiu ao lugar mais alto do pódio após vencer a final dos 200 metros livre da classe S2 (para atletas com deficiência nos braços e nas pernas). O brasileiro, que completou a prova em 4 minutos, 6 segundos e 52 centésimos, ficou na frente do chileno Alberto Abarza (que conquistou a prata) e do russo Vladimir Danilenko (vencedor do bronze).

A medalha de Gabriel é o quarto ouro da natação brasileira na Paralimpíada de Tóquio.

Beatriz Carneiro conquista o bronze em prova disputada com a irmã

As irmãs Débora (da esquerda) e Beatriz (da direita). Foto: Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

Imagine disputar uma prova ao lado da sua irmã gêmea. Foi isso o que aconteceu com Beatriz Carneiro, vencedora da medalha de bronze nos 100 metros peito da classe S14 (para atletas com deficiência intelectual). Após fazer a prova em 1 minuto, 17 segundos e 61 milésimos, a atleta garantiu o terceiro lugar, ficando uma posição à frente da irmã, Débora, que terminou a disputa dois centésimos depois.

Na frente das duas só ficaram a espanhola Michele Morales (medalha de ouro) e a britânica Louise Fiddes (medalha de bronze).

Confira os resultados dos medalhistas:

Ouro – Espanha – Michele Morales – 1 minuto, 12 segundos e 2 centésimos.

Prata – Reino Unido – Louise Fiddes – 1 minuto, 15 segundos e 93 centésimos.

Confira o quadro de medalhas completo da competição clicando aqui.

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Comentários (1)

  • Camila Lopes

    2 anos atrás

    OI, Joca! Não sabia sobre essa atualização!

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