#pracegover: vista aérea da região mostra a cratera no meio de uma montanha coberta por vegetação. Ao fundo há diversas casas. Crédito de imagem: INSTAGRAM_PREFEITURA DE BURITICUPU

Em 11 de fevereiro, o município de Buriticupu, no Maranhão (MA), declarou estado de calamidade pública — medida que permite que o governo tome ações emergenciais para conter um problema que afeta gravemente a população — após o avanço das voçorocas, enormes crateras que, há mais de 30 anos, “engolem” casas da cidade. 

A situação se agravou com as fortes chuvas no início do ano. Segundo a prefeitura, 250 residências e 1.200 moradores estão em áreas de risco. O decreto emitido em fevereiro permite a desapropriação de casas nas encostas das voçorocas, garantindo a realocação para outros bairros do município de 55 mil habitantes.

Contenção de danos e prevenção 

Nos últimos anos, as crateras, que chegam a 80 metros de profundidade, já destruíram diversas moradias, afetando mais de 180 famílias. “A contenção de voçorocas já formadas é um desafio complexo e deve ser analisada caso a caso, pois depende de vários fatores, como extensão da erosão e presença de moradias próximas”, explica Tiago Antonelli, pesquisador e chefe da Divisão de Geologia Aplicada do Serviço Geológico do Brasil. 

Entre as principais ações preventivas que devem ser tomadas estão a preservação da vegetação nativa e a proteção do solo em locais de maior inclinação. Também é de responsabilidade governamental investir em projetos de drenagem urbana, assim como em um trabalho de fiscalização para que a população não construa casas em áreas consideradas de risco

COMO AS VOÇOROCAS SE FORMAM? 

O fenômeno ocorre quando a água atinge a camada intermediária do solo, entre a parte menos rígida e a mais profunda da terra. Com o aumento do fluxo de água, especialmente em áreas desmatadas, que perderam vegetação, a camada superficial do solo sofre erosão — processo no qual a água desgasta gradualmente o solo e as rochas. Como resultado, formam-se as crateras. O termo “voçoroca” vem do tupi-guarani e significa “corte na terra”.

FONTES: PREFEITURA DE BURITICUPU, EXAME, G1, FOLHA DE S.PAULO, BBC E THE GUARDIAN.

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