Vacina produzida pelas empresas Pfizer e BioNtech. Foto: Justin Tallis - Pool/Getty Images

O Ministério da Saúde publicou, no dia 25 de agosto, um comunicado oficial avisando que idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos (role até o fim do texto para saber mais sobre esse público) deverão tomar um reforço da vacina contra a covid-19. Na prática, isso significa que quem já tomou imunizante de duas doses, como a Coronavac, Pfizer e AstraZeneca, deverá receber uma terceira dose e quem tomou vacina de dose única (caso da Janssen) deverá ganhar uma segunda dose.

Segundo o órgão de saúde, esses grupos receberão, de preferência, o imunizante produzido pelas empresas Pfizer/BioNTech. Mas, caso essa vacina esteja em falta, poderá ser usada a da Janssen ou da AstraZeneca.

Para receber o reforço, é necessário que os idosos tenham completado o esquema vacinal, ou seja, já tenham tomado a segunda dose ou dose única há pelo menos seis meses. Já os imunossuprimidos podem tomar a terceira dose se tiverem recebido a segunda (ou dose única) há pelo menos 28 dias. 

A recomendação do ministério é de que a dose extra comece a ser aplicada a partir de 15 de setembro, quando a população de 18 anos ou mais já tiver recebido pelo menos a primeira dose. Porém, as datas podem variar de estado para estado. Em São Paulo, por exemplo, o governo estadual anunciou que o reforço será aplicado a partir de 6 de setembro para quem tem 60 anos ou mais e está com o esquema vacinal completo há pelo menos seis meses.

Idoso recebe vacina contra a covid-19 no Rio de Janeiro. Foto: Mario Tama/Getty Images

Por que é preciso tomar a dose extra?

O reforço é necessário para que as pessoas fiquem mais protegidas contra o vírus. Estudos dos principais produtores de vacina contra a covid-19 indicam que a imunização após duas doses dura até oito meses — após esse período, a proteção começa a diminuir. 

Outros países, como Chile, Indonésia, Israel e Uruguai, já começaram a aplicar a dose extra, principalmente como forma de proteção contra as novas variantes do coronavírus. Alemanha, França e Inglaterra devem iniciar as aplicações em setembro.

Intervalo entre as doses das vacinas da Pfizer e AstraZeneca vai diminuir

Vacina produzida pela AstraZeneca contra a covid-19. Foto: Michele Lapini/Getty Images

No mesmo comunicado, o ministério anunciou que o intervalo entre as duas doses dos imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca será reduzido de 12 para oito semanas. A previsão é de que essa atualização também seja feita a partir da segunda quinzena de setembro.

Na bula da vacina da Pfizer, na qual o fabricante explica as recomendações sobre o imunizante, o período previsto entre as duas doses é de 21 dias. Isso quer dizer que a nova definição está de acordo com a previsão da empresa, por isso, não interfere na eficácia da vacina.

Já a bula da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição que produz e compra de outros países a vacina da AstraZeneca, indica que a segunda dose pode ser aplicada de quatro a 12 semanas depois da primeira.

A decisão de ter um intervalo mais longo do que o recomendado pelos produtores havia sido tomada no Brasil como forma de avançar a aplicação da primeira dose. Entretanto, a indicação mudou porque a quantidade de vacinas disponíveis no país aumentou. 

Glossário:

Imunossuprimidos: pessoas que têm o sistema imunológico (que protege o corpo de doenças) enfraquecido e, por essa razão, têm mais chance de contrair as formas mais graves da covid-19. Esse grupo inclui, por exemplo, pacientes que fizeram transplante de órgãos.

Fontes: Bem-Estar, CBN, G1, Ministério da Saúde e Oncoguia.

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Comentários (1)

  • ANNE SOFIE CASTELO TRAVASSOS

    2 anos atrás

    legal,agora posso ler noticias

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