Raphaelly S.

Em um belo dia — ou será em uma bela noite? — o Sol e a Lua sempre conversavam por cartas. Certo dia, a Lua falou ao Sol:
— Querido irmão, estou com muita saudade, não aguento mais te visitar a cada 173 dias! É muito tempo. 

Então, o Sol respondeu:

— Querida irmã, sei disso, mas não podemos fazer nada. Porém, olhe pelo lado bom, pelo menos não é na metade de cada ano que nos encontramos… ao menos ainda nos encontramos, e falta uma semana, está perto!

A Lua recebeu a carta de seu irmão, mas nada falou. Uma semana depois, chegou o tão esperado dia, o mais esperado do ano pelos irmãos.
— Oi Lua, é hoje! Falta uma hora para o nosso reencontro! Está ansiosa?
— Oi, sim, Sol! Estou muito feliz e ansiosa, vou me arrumar, afinal não posso deixar de me arrumar para este dia tão esperado, apesar de estar sempre linda!

— Irmão!
— Irmã!
— Quanta saudade, irmão, trouxe um presente para você!
— Saudade também, tenho um presente. Eles fazem a troca dos presentes.
— Aqui, Sol, pó de lua para não se esquecer de mim.
— Obrigado, para você tenho um raio de sol para não se esquecer de mim.
— Obrigada!
— De nada!
— Irmão, tenho que ir.
— Mas já?!
— Sim, mas, lembra do que me disse: “Olhe pelo lado bom, pelo menos ainda nos encontramos”.
— Tem razão, irmã, tchau.
— Tchau.

Será essa a causa dos eclipses? Bem, isso fica a seu critério.

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