Se hoje, em 2017, você acha que o jornal perdeu espaço com a evolução da internet, saiba que ele se mantém firme ao longo dos anos com o papel de estimular a leitura das famílias brasileiras, assim como despertar o senso crítico de seus usuários.

Afinal, a história do jornal no Brasil se constitui principalmente sobre o ato de circulação de informação. Além disso, temos ainda a documentação da própria história da sociedade, que perpassa com o avanço das tecnologias disponíveis aos novos públicos atendidos.

Vejamos abaixo o desenrolar da história do jornal no Brasil, assim como a importância de motivar a leitura de crianças e jovens por meio dessa grande ferramenta social.

Os primeiros passos da história do jornal no Brasil

Em mais ou menos 1800 aconteceu a transferência oficial da Corte Portuguesa para o Brasil que, além de trazer grandes transformações políticas, econômicas e sociais, trouxe também a imprensa.

Instalada como Impressa Régia, esta foi a primeira editora brasileira vinda de Portugal e teve a finalidade, no início, de imprimir papéis diplomáticos, a legislação e impressos para a propagação de notícias.

Na Impressa Régia foi editado também o primeiro jornal da história no Brasil, que ficou conhecido como a Gazeta do Rio de Janeiro. O periódico teve uma publicação sobre a alimentação para os migrantes, sobre a família real portuguesa e sobre o próprio Brasil, que era tratado como “paraíso terrestre”.

Já no ano de 1891, foi fundado o Jornal do Brasil, tendo como foco marcantes notícias políticas e um interesse em publicar as artes e a literatura da época. O periódico não apresentava, porém, muitas imagens em suas edições iniciais, mas foi o pioneiro em ter cores em suas edições e, no século XX, foi o primeiro a lançar suas edições na internet totalmente digital. Dá para acreditar que ele durou tanto tempo assim?

Enfim, com a expansão da impressa brasileira, foi possível observar o desdobramento de outros formatos de jornais como os periódicos estaduais (Pernambuco e São Paulo), um jornal voltado para os imigrantes e aqueles dirigidos ao público feminino.

A liberdade de impressa e o incentivo ao senso crítico

É importante ressaltar que a liberdade de imprensa no Brasil sempre teve fatos marcantes e conflituosos. Um deles foi em 1923, quando o paulista Adolfo Gordo criou a Lei de Imprensa. Ela tinha cunho autoritário e restritivo, assim como na década de 60, quando predominou o regime militar, com os atos institucionais e outras medidas censuradoras.

As publicações que tentaram ser independentes e que criticavam as medidas político-econômicas nessas épocas sofreram fortes represálias como multa, perseguições e, até mesmo, a prisão e tortura de vários jornalistas e colaboradores.

Só em 1988 a liberdade de imprensa começou a se firmar e passou a ser assegurada e proibida toda e qualquer forma de censura política, ideológica ou artística. Tal fato contribuiu muito, aliás, para o desenvolvimento do senso crítico da população brasileira, que voltou a ter direito de consultar outras fontes de informação.

E, como podemos notar, o jornal sempre foi e será fundamental para o estímulo desse senso crítico, tendo como papel aguçar a reflexão sobre os fatos políticos, sociais, culturais e econômicos do país e do mundo.

O Jornal no século XXI e o incentivo à leitura

Um dos grandes desafios do século XXI é manter estímulo à leitura e à construção de senso crítico na era digital. Afinal, apresentar o hábito da leitura às crianças e jovens diante de tantas distrações virtuais é bastante difícil. Esse assunto, inclusive, foi debatido no livro “O Jornal”, de Patricia Auer- bach (você poderá consultar mais a respeito do livro em nosso jornal infantil).

Como você notou, a história do jornal no Brasil foi marcada pela aparição e manutenção de periódicos apenas voltado para o público adulto e, em sua grande maioria, masculino e elitista. Porém, as coisas têm mudado com o tempo. O avanço tecnológico trouxe não só impressões em larga escala, como também melhor qualidade em matéria prima, formatos digitais e interativos e conteúdos voltados para todas as parcelas sociais.

A presente possibilidade de acesso à informação para as grandes massas com esses novos formatos foram se desenvolvendo ao longo dos anos. Os públicos atendidos são todos possíveis, existindo jornais direcionados aos sindicatos, grupos religiosos, feministas, culturais e, inclusive, infanto-juvenis.

O papel do jornal para os jovens e crianças

Com a expansão dos formatos e direcionamento de conteúdo, cabe então aos pais iniciarem o incentivo à leitura dentro de casa. Afinal, estimular a leitura desde a infância é essencial para a construção do mundo das ideias dos pequenos leitores, além de favorecer o seu desenvolvimento acadêmico, social e profissional.

Escolher um jornal direcionado para jovens e crianças traz muitos benefícios, como uso da linguagem adequada para repassar as notícias da atualidade, além de jogos e brincadeiras propícios para a faixa etária, bem como o estímulo aos diálogos de assuntos variados.

Com a motivação adequada, ou seja, um formato de jornal para seus filhos, você criará uma experiência prazerosa e rotineira de leitura dentro de casa. Melhorar a educação dos filhos é uma das preocupações constantes dos pais, por isso aproveitamos esse espaço para lhe mostrar algumas dicas, como:

Transformar sua casa em um ambiente de leitura

Transforme sua casa em um ambiente de leitura constante com uma seleção de livros próprios para seus filhos, bem como a assinatura de um jornal ideal para a faixa etária dos pequenos. Alguns jornais nacionais trazem colunas infantojuvenis, mas entenda que isso não é o suficiente. O melhor é ter uma publicação inteira voltada para eles.

Deixar as crianças terem a experiência de ler vários formatos

Na era digital a leitura em smartphones e tablets se tornaram comuns para algumas famílias, por isso é necessário também ter links de incentivo à leitura infantil. Se antes os filhos observavam os pais segurarem um grande impresso, hoje é comum visualizar os pais lendo em formatos digitais. Deixe que seus filhos também tenham essa experiência.

Quanto mais os jovens e crianças entenderem que o jornal pertence também ao mundo delas, melhores serão suas experiências com a leitura, com expansão de repertório comunicativo e formação do senso crítico.

O seu filho tem um jornal só para ele? Ele realiza leituras diárias? Convidamos você para comentar abaixo sua opinião a respeito do post e também as experiências de incentivo à leitura em sua casa. Que tal? Vamos conversar mais sobre isso!

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Comentários (1)

  • Graziela de Trento Vieira

    1 ano atrás

    oi

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